Lucro líquido contábil da Telefônica Brasil recua 57,2% no 4° tri

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São Paulo, SP – A Telefônica Brasil apresentou um lucro líquido contábil de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2022, queda de 57,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, principalmente em função do reconhecimento no mesmo intervalo de 2021 de
crédito fiscal no valor de R$ 1,4 bilhão, referente à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) da inconstitucionalidade da incidência do IRPJ e da CSLL sobre as correções à taxa Selic recebidas em razão de devolução de impostos recolhidos indevidamente.

A receita operacional líquida da empresa somou R$ 12,6 bilhões, alta de 10,1% na comparação anual. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente foi de R$ 5,2 bilhões, alta de 6,1% na base anual, com margem de 41,3%, queda de 1,5 ponto percentual base anual. O desempenho reflete o forte crescimento das receitas totais, de 10,1%, com uma maior participação das receitas core, 93% da receita total (+2,4 pp), informou a companhia.

A receita líquida Móvel cresceu 13,4% na comparação anual, para R$ 8,9 bilhões, enquanto a receita core fixa subiu 11,9% no 4T22, para R$ 2,8 bilhões, totalizando uma receita core de R$ 11,7 bilhões. A receita não core caiu 18,2% para R$ 888 milhões.

CUSTO OPERACIONAL

Os Custos Operacionais Recorrentes da Companhia, excluindo gastos com Depreciação e Amortização, subiram 13% quando comparados ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 7,4 bilhões no trimestre.

MÓVEL

O total de acessos atingiu 97,9 milhões no trimestre, representando um aumento de 16,8% frente ao mesmo período de 2021. O market share total da Vivo atingiu 38,9%, sendo 41,9% em pós pago e 35,1% em pré pago.

No pós-pago, a vivo alcançou 58,6 milhões de acessos, crescimento de 18,2% na comparação anual. O ARPU móvel diminuiu 3,5% no trimestre.

2022

No ano, o lucro líquido da companhia totalizou R$ 4 bilhões, queda de 34,9% em relação a 2021. A receita op. líquida subiu 9,1%, para R$ 48 bilhões e o ebitda recorrente somou R$ 19,3 bilhões, alta de 7% na comparação anual.

AÇÕES

O conselho de administração da Telefônica Brasil aprovou o cancelamento de 13.381.540 ações ordinárias mantidas em sua tesouraria e um novo Programa de Recompra de Ações, que somente entrará em vigor a partir de 23 de fevereiro, ou seja, após o encerramento do Programa de Recompra de Ações atualmente em vigor.

A empresa prevê a aquisição de ações de sua emissão para manutenção em tesouraria, ou
posterior cancelamento ou alienação, sem redução do capital social, para incrementar o valor aos acionistas pela aplicação eficiente dos recursos disponíveis em caixa, otimizando a alocação de capital da companhia.

A recompra das ações será efetuada mediante a utilização de reservas de lucros, de capital e resultados conforme realizados no exercício social em andamento. O valor máximo
a ser utilizado no Programa é de R$ 500 milhões. O início do Programa a partir de 23 de fevereiro de 2023 (dia seguinte à data de término do Programa de Recompra de Ações atualmente em vigor) e término em 22 de fevereiro de 2024.

INVESTIMENTOS

A companhia prevê investir R$ 9 bilhões em 2023 especialmente no reforço da rede móvel, ampliação da cobertura 5G, expansão de domicílios conectados na rede de fibra óptica e transformação de sistemas com objetivo de fortalecer a sua liderança no setor, informou, em fato relevante na noite desta quarta-feira.