São Paulo, SP – A Azul divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 957,4 milhões, alta de 137,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda,
na sigla em inglês) foi de R$ 1,551 bilhão, alta de 67,7% na comparação anual, com crescimento de 10,4 pontos percentuais na margem Ebitda, fechando em 31,6%.
A receita líquida foi de R$ 4,914 bilhões, alta de 12,3% na comparação com o segundo trimestre de 2022, com a receita de passageiros aumentando 12,4% com uma capacidade 11,5% maior em comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita de cargas e outras totalizou R$ 335,1 milhões, 10,7% acima do mesmo período do ano passado, dado o crescimento de 6,8% na receita de carga doméstica devido à forte demanda doméstica por nossas soluções de logística e por nossa malha exclusiva.
O PRASK atingiu um recorde de R$ 39,68 centavos, possibilitado por nossa gestão racional de capacidade e pelas vantagens competitivas sustentáveis de nosso modelo de negócios. O RASK total atingiu um nível recorde para o terceiro trimestre em R$42,59 centavos.
O CASK foi de R$34,29 centavos, 10,7% menor que no mesmo período do ano passado, principalmente devido à redução de 32,9% no preço do combustível, às iniciativas de redução de custos e aos ganhos de produtividade, compensando o impacto da inflação. A produtividade mensurada através de ASKs por FTE aumentou 2,9% e o consumo de combustível por ASK caiu 3,9% em comparação com o mesmo período do ano passado, como resultado do maior número de aeronaves de última geração na nossa frota.
O tráfego de passageiros (RPK) aumentou 12,0% sobre um aumento de capacidade de 11,5%, resultando em uma taxa de ocupação de 82,2%, 0,4 ponto percentual acima em comparação com o mesmo período do ano passado.
As despesas operacionais foram de R$ 4 bilhões, em linha com o terceiro trimestre do ano passado mesmo com um aumento de capacidade de 11,5%, impulsionado principalmente por uma redução de 32,9% no preço do combustível, iniciativas de redução de custos e ganhos de produtividade, parcialmente compensados pela inflação.
A Azul encerrou o trimestre com liquidez total de R$ 6,7 bilhões, incluindo investimentos e recebíveis de longo prazo, depósitos de segurança e reservas de manutenção. A liquidez imediata em 30 de setembro de 2023 foi de R$ 3,5 bilhões, 70,2% ou R$ 1,428,5 bilhão
acima do segundo trimestre de 2023 mesmo após o pagamento de cerca de R$ 3,2 bilhões em arrendamentos de aeronaves, amortizações e juros da dívida, diferimentos e Capex. Essa liquidez imediata representou 19,1% da receita dos últimos doze meses.
Em 30 de setembro de 2023, a Azul tinha uma frota operacional de passageiros de 181 aeronaves e uma frota contratual de passageiros de 194 aeronaves, com uma idade média de 7,3 anos excluindo as aeronaves Cessna. Ao final do terceiro trimestre, as 13 aeronaves não incluídas na frota operacional de passageiros consistiam em 4 ATRs subarrendados para a TAP, 3 Embraer E1s subarrendados para a Breeze, 1 ATR e 5 Embraer E1s em processo de saída da frota.
A Azul terminou o terceiro trimestre com aproximadamente 79% de sua capacidade proveniente de aeronaves de nova geração, consideravelmente superior a qualquer competidor na região.
PROJEÇÕES
A Azul divulgou hoje a atualização de suas projeções para os resultados de 2023 e 2024. A companhia espera aumentar a capacidade em aproximadamente 11% em 2023 em comparação com 2022. O ajuste no crescimento da capacidade ano contra ano de 14% para 11% deve-se principalmente aos atrasos dos fabricantes na entrega de novas aeronaves e à alta nos preços do combustível.
Para a receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos (RASK), a companhia projeta um aumento aproximado entre 3% e 5% do quarto trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022, principalmente devido ao ambiente de demanda robusto nos mercados doméstico e internacional, em conjunto com o ajuste esperado na capacidade.
A companhia estima Ebitda de 2023 em aproximadamente R$ 5,2 bilhões, inferior à estimativa anterior devido à recente volatilidade no preço do combustível e à redução na
capacidade, juntamente com menores volumes de carga internacional. Para 2024, o Ebitda deve chegar a R$ 6,3 bilhões, maior do que a perspectiva anterior principalmente devido à continua força na demanda e a um maior aumento no recebimento de aeronaves de última geração na frota.
A Azul espera uma alavancagem em torno de 3,7x no final de 2023 e em torno de 3,0x no final de 2024. A alavancagem ligeiramente maior em 2023 é resultado principalmente do ajuste no Ebitda esperado para 2023.