A BB Seguridade divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 2,056 bilhões, alta de 24,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado das participações foi de R$ 2,038 bilhões, alta de 23,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2022.
A alta de R$ 178,9 milhões da Brasilprev foi resultado de melhora do resultado financeiro, explicada em grande parte pela redução no custo do passivo atrelado às reservas dos planos tradicionais.
A alta de R$ 150,1 milhões da Brasilseg foi impulsionada pela evolução dos prêmios ganhos e aumento do resultado financeiro. A alta de R$ 40,2 milhões da BB Corretora é reflexo do crescimento das receitas de corretagem e, em menor escala, pelo aumento do resultado financeiro
Por fim, a alta de R$ 23,7 milhões do Brasilcap foi atribuído à evolução do resultado financeiro, com expansão do saldo médio de ativos rentáveis e melhora da margem financeira.
O resultado financeiro foi de R$ 460,2 milhões, alta 98% em relação ao mesmo período de 2022. Segundo o comunicado, a deflação do IGP-M e a variação positiva do IPCA, contribuíram significativamente para a melhora do resultado financeiro da Brasilprev, que somada à expansão do saldo médio dos ativos financeiros das demais empresas do grupo foram os principais responsáveis pelo crescimento do resultado financeiro em relação ao mesmo período do ano passado.
O patrimônio líquido fechou em R$ 9,911 bilhões, alta de 4,8% em relação ao terceiro trimestre de 2022.
Os prêmios emitidos em seguros cresceram 8,2% s/ 3T22 (+37,8% s/ 2T23), dinâmica liderada pela forte evolução do vida produtor rural (+45,0% s/ 3T22 | +97,9% s/ 2T23), impulsionada pelo aumento da importância segurada média, e pelo bom desempenho comercial do prestamista (+15,4% s/ 3T22 | +20,3% s/ 2T23), com aumento da penetração no crédito e redução do cancelamento.
A arrecadação com títulos de capitalização registrou alta de 2,0%, explicada pelo aumento na quantidade de títulos de pagamento único vendidos. Já a receita com cota de carregamento contraiu 10,0%, impactada pela maior participação de títulos de pagamento único com prazo mais curto (12 e 24 meses) no total de arrecadação, uma vez que esses produtos apresentam menor cota em comparação aos produtos mais longos.
As receitas de corretagem cresceram 3,5%, impulsionadas principalmente pelo bom desempenho comercial e reconhecimento de comissões diferidas de seguros, em especial rural e prestamista.
A operação de previdência também contribuiu para a expansão das receitas de corretagem, com evolução de 5,9% das comissões originadas pela captação para os planos da Brasilprev.
As despesas gerais e administrativas da holding cresceram R$ 401 mil (+7,2%) em relação ao mesmo período de 2022. O incremento se deve principalmente por maiores despesas com tributos, consequência da elevação das receitas financeiras da holding em função da expansão do saldo médio de aplicações; e incremento das despesas administrativas, em razão principalmente da alta observada na linha de “outras despesas administrativas”, considerando os custos com corretagem e emolumentos gerados na execução do programa de recompra de ações lançado em agosto/2023, além de maiores gastos com serviços técnicos especializados e viagens a serviço.