Lucro líquido da Camil recua 69% no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Camil divulgou na noite de ontem (9) o balanço do terceiro trimestre fiscal de 2024, encerrado em novembro (3T24), com lucro líquido de R$ 44,4 milhões,
queda de 69% em comparação ao mesmo período de 2023 (3T23).

A receita líquida de R$3,1 bilhões, crescimento de 3% frente ao mesmo período do ano anterior. Excluindo efeitos não recorrentes, o Ebitda ajustado atingiu R$195,8 milhões, com margem de 6,3%, redução de 2 pontos percentuais frente ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi impactado, principalmente, por menores volumes e rentabilidade no Brasil, parcialmente compensado por uma boa rentabilidade no resultado do Internacional.

Já o Ebitda atingiu R$171,3 milhões, queda de 31,3% na comparação anual, com margem de 5,5% , recuou de 2,8 p.p. em relação ao terceiro trimestre de 2023.

No segmento internacional, o volume de vendas atingiu 156,4 mil toneladas no trimestre, queda de 12,7% em relação ao 3T23. O resultado foi impactado pela redução nos volumes de vendas no Uruguai, devido ao menor nível de exportações no período. Vale destacar que a receita internacional apresentou crescimento na comparação sequencial, impulsionada pelo aumento de preços no Uruguai, Peru e Chile.

A empresa apresentou queda nos volumes (338,3 mil toneladas, recuo de 5,9% na base anual), refletindo a redução de grãos, justificado por menores volumes de compras por parte dos varejistas no trimestre. O preço líquido foi de R$ 4,26 por quilo, alta de 0,1%.

No alto giro no Brasil (grãos e açúcar), a queda nos volumes foi impulsionado pela redução de grãos, justificado por menores volumes de compras por parte dos varejistas no 3T24. “Esse é um movimento comum historicamente, tanto em momentos de constantes quedas de preços de arroz no mercado, como no registro de uma menor sazonalidade de vendas quando nos aproximamos do final do ano. Em açúcar, atingimos maiores volumes na comparação sequencial e anual, devido a exportações realizadas no 3T24”, destacou a companhia.

O endividamento total atingiu R$5,9 bilhões, alta de 17,4% em relação ao 3T23, em função de novas captações no Brasil. A liquidez total (caixa e equivalentes de caixa e aplicações
financeiras de curto e longo prazo) atingiu R$1,8 bilhões, alta de 23. Levando os fatores acima em consideração, o endividamento líquido (dívida bruta excluindo liquidez total) totalizou R$4,1 bilhões, crescimento de 15% em relação ao 3T23 e endividamento líquido/EBITDA UDM de 4,2x, queda de 0,1x.