Lucro líquido da Cemig cresce 34,1% no 4° trimestre de 2023

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São Paulo, SP – A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgou hoje o balanço do quarto trimestre de 2023 (4T23), com lucro líquido de R$ 1,88 bilhão, alta de 34,1% na
comparação com o mesmo período de 2022. Em 2023, o lucro líquido foi de R$ 5,3 bilhões, alta de 15% em relação a 2022.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 2,4 bilhões, alta de 24,5% em relação ao último trimestre de 2022. Em 2023, o Ebitda ajustado foi de R$ 8 bilhões, alta de 16,6% na comparação com 2022. A receita líquida foi de R$ 9,9 bilhões, alta de 2,1% em comparação ao mesmo período de 2022.

O investimento total realizado em 2023 foi de R$ 4,8 bilhões, um crescimento de 35,3% em relação ao ano de 2022. No 4T23, o investimento totalizou R$ 1,5 bilhão. A implantação das usinas Solares Fotovoltaicas de Boa Esperança e Jusante, que vão adicionar 188 MWp encontra-se em andamento com cerca de 90% das obras concluídas e previsão de entrada em operação no final do primeiro semestre de 2024, reforçando nosso propósito de crescimento em renováveis. A Gasmig iniciou as obras do projeto Centro-Oeste que tem Capex previsto de R$ 780 milhões e construção de 300 km de rede. A execução do maior programa de investimento da história garante modernização e confiabilidade do sistema
elétrico da CEMIG, estando em linha com o planejamento estratégico de focar em Minas e nos negócios estratégicos da Companhia e fornecer um serviço ainda melhor para o cliente. Entre 2024 e 2028 estão planejados investimento de R$ 35,6 bilhões, sendo R$ 6,2 bilhões em 2024.

Os custos e despesas operacionais foram de R$ 8 bilhões no 4T23 e de R$ 8,17 bilhões no 4T22. Esta variação decorre, principalmente, da menor despesa com compra de gás (-R$174,6 milhões) e registro em outras despesas de ganho na alienação de ativo (R$288,3 milhões no 4T23 x R$44,9 milhões 4T22), em contrapartida a maiores encargos de uso da rede básica (+R$108,7 milhões) e no custo de construção (+R$72,0 milhões).

Em 2023, a Cemig amortizou R$ 2,678 bilhões de dívida. A Cemig D concluiu, em junho, sua 9a emissão de debêntures no valor de R$ 2 bilhões à taxa de remuneração de CDI + 2,05%, que será paga em duas parcelas, sendo a primeira (50% do saldo) em maio de 2025 e a segunda, do saldo remanescente, em maio de 2026. Em dezembro de 2023, a Cemig GT concluiu o resgate antecipado parcial sem pagamento de prêmio no montante principal de US$ 375 milhões. O saldo devedor dos títulos, com vencimento em dezembro de 2024, passa a ser de US$ 381 milhões.

A alavancagem fechou o ano de 2023 menor que 1 vez, na relação dívida líquida/EBITDA ajustado. Em março de 2024, a Cemig D fez nova emissão de debêntures no valor de R$ 2 bilhões, com demanda de 2,73 vezes, composta de duas séries. A primeira de R$400 milhões, remunerada a CDI +0,80% e vencimento em 5 anos, com amortização também no 4o ano. A segunda de R$ 1,6 bilhão, remunerada a IPCA + 6,1469% e vencimento em 10 anos, com amortização no 8o e 9o anos também. O prazo médio da dívida subiu
aproximadamente 1 ano após essa emissão, passando para 3,7 anos.

O fornecimento de energia para clientes cativos somado a energia transportada para clientes livres e distribuidoras totalizou 12,44 mil GWh no 4T23, aumento de 5,0% em relação ao mesmo período de 2022, decorrente, principalmente, do maior consumo das classes residencial (+388,5 GWh ou +13,4%), comercial (+96,8 GWh ou +5,9%) e rural (+71,4 GWh ou +9,3%), em função das altas temperaturas registradas e maior necessidade de irrigação no período.

O crescimento de 5,0% no total de energia distribuída é composto do aumento de 4,6% (+264,7 GWh) no uso da rede pelos clientes livres e do aumento de 5,4% (+329,4 GWh) no consumo do mercado cativo. As perdas de energia ficaram dentro do nível regulatório na janela de 12 meses, atingindo 10,71%, enquanto a meta regulatória é de 10,84%.