São Paulo, SP – A Dexco divulgou ontem (2) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 157,4 milhões, recuo de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre, o lucro líquido aumentou em 2%. Entre o primeiro semestre de 2023 e o primeiro semestre de 2022, o lucro líquido recuou 20,7%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 349,7 milhões, recuo de 21,6% na comparação anual, com redução de 2,3 p.p. na margem Ebitda ajustada, que fechou em 17,9%.
A receita líquida somou R$ 1,953 bilhão no segundo trimestre deste ano, uma diminuição de 11,7% na comparação com igual etapa de 2022.
O lucro bruto foi de R$ 678,1 milhões, queda de 12,6% na comparação anual. A margem bruta foi de 34,7%, recuou de 0,3 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2022.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) chegou a 10,4% no segundo trimestre de 2023, queda de 1,6 p.p. na comparação anual.
As despesas gerais e administrativas somaram R$ 94,5 milhões, alta de 21,8% em relação ao mesmo período de 2022, em decorrência dos reajustes salariais ocorridos no quarto trimestre de 2022, além do foco da Companhia em digitalização e automação de processos.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 186,9 milhões no segundo trimestre de 2023, uma elevação de 98% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.
O endividamento consolidado foi de R$ 6,210 bilhões, aumento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, e Dívida Líquida de R$ 4,561 bilhões, aumento de 23,6% em relação mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre, houve um aumento nominal de R$ 277,4 milhões do Endividamento Líquido, explicado pelo consumo de caixa em projetos desse trimestre. Junto a estes efeitos, a Companhia também realizou neste trimestre o pagamento no valor bruto de R$ 249 milhões em Juros Sobre Capital Próprio referente aos resultados do exercício de 2022. Em relação ao trimestre anterior, a companhia apresentou um leve aumento de 0,37x em sua alavancagem, que levou ao patamar de 3,1x Dívida Líquida/Ebitda Ajustado e Recorrente.
INVESTIMENTOS 2021-2025
O Conselho de Administração da companhia aprovou a revisão das estimativas relacionadas ao ciclo de investimentos 2021-2025.
Os projetos que compõem tal ciclo de investimentos são os contidos no plano original e a companhia concluirá os projetos em andamento até 2025, reduzindo a estimativa de investimentos em R$ 300 milhões, de um custo estimado em outubro de 2022 em aproximadamente R$ 2,1 bilhões, para cerca de R$ 1,8 bilhão (agosto de 2023). O aumento de dispêndio observado na construção da nova fábrica de revestimentos cerâmicos em Botucatu/SP foi compensado parcialmente pelos ganhos nos projetos relativos ao desgargalamento e melhora de mix da Madeira e pela redução dos investimentos previstos para as divisões de metais e louças.
“Cabe destacar que a dinâmica de custos mais favorável e a disciplina na gestão do Capex, permitiram a redução da estimativa dos gastos com investimentos florestais e com manutenções em 2023, que passaram de um total de R$ 966,0 milhões para R$ 864,3 milhões. A estimativa de Capex total da companhia para 2023 passa de R$ 1,7 bilhão para R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 778 milhões direcionados para o ciclo de investimentos 2021-2025 e outros projetos, R$ 485,8 milhões para investimentos florestais e R$ 378,4 milhões para manutenção”, explicou a Dexco.