Lucro líquido da Eletrobras cresce 7,6% no 2° trimestre de 2024

155

São Paulo, SP – A Eletrobras divulgou ontem (6) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, alta de 7,6% na comparação anual (2T23). Com
ajustes, o lucro líquido foi R$ 615 milhões, queda de 25,8% em relação ao mesmo período de 2023.

No primeiro semestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 1,063 bilhão, queda 59,1% em relação ao mesmo período de 2023. Sem ajustes, o lucro líquido do primeiro semestre chegou a R$ 2 bilhões, alta de 2,4% em comparação ao primeiro semestre do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês)
ajustado foi R$ 4,2 bilhões, recuo de 23,2% na comparação anual, refletindo a queda de receita, o aumento de custos com geração, que combinados com as maiores deduções e provisões, mais que compensaram a redução em PMSO e o crescimento do resultado das participações societárias.

Sem ajustes, o Ebtida foi de R$ 4,4 bilhões, queda de 32,8%. A margem Ebitda chegou a 52,8%, queda de 18,5 pontos porcentuais em relação ao 2T23. Já a margem Ebitda ajustada foi de 50,1%, recuou 9,1 p.p na comparação com o 2T23. Na comparação semestral, o Ebitda ajustado chegou a R$ 8,7 bilhões, queda de 21%, e Ebitda sem ajustes foi de R$ 9 bilhões, redução de 21,2%.

A receita operacional líquida foi de R$ 8,3 bilhões, queda de 9,2% na comparação anual. Com ajuste, a receita operacional líquida foi de R$ 8,3 bilhões, queda de 9,3%. No semestre, a receita líquida ajustada foi de R$ 17 bilhões, queda de 7,6% na comparação com o primeiro semestre de 2023. Já a receita líquida sem ajustes recuou 7,3%, chegando a R$ 17 bilhões. O resultado financeiro ajustado foi negativo em R$ 2,7 bilhões, ante um resultado negativo de R$ 3,2 bilhões no 2T23.

A companhia fechou o 2T24 com 99 usinas, sendo 47 hidrelétricas, 7 térmicas, 43 eólicas e 1 solar, considerando os empreendimentos corporativos, propriedade compartilhada e participações via SPEs. A capacidade instalada total atingiu 44.279 MW no 2T24, o que representa 22% do total instalado no Brasil. Desse total 97% vêm de fontes limpas, com baixa emissão de gases de efeito estufa.

As empresas Eletrobras venderam 25,2 TWh de energia no 2T24, aumento de 25% frente aos 20,1 TWh negociados no 2T23. Esses volumes incluem as energias vendidas das usinas sob o regime de cotas, renovadas pela Lei 12.783/2013, bem como pelas usinas sob regime de exploração (Ambiente de Contratação Livre – ACL e Ambiente de Contratação Regulado – ACR). A companhia encerrou o 2T24 com 66,5 mil km de linhas e 405 subestações, considerando 292 subestações próprias e 113 subestações de terceiros.

No 2T24, os recursos gerados pelas atividades operacionais alcançaram R$ 5 bilhões, aumento de R$ 1,6 bilhão em relação aos R$ 3,4 bilhões registrados no 2T23. O fluxo de caixa livre positivo totalizou R$ 3 bilhões no 2T24. A geração de caixa no 2T24 foi utilizada para pagar o serviço da dívida (R$ 2,2 bilhões), realizar investimentos (R$ 2 bilhões) e pagar litígios (R$ 1,2 bilhão).

ENDIVIDAMENTO

A dívida bruta alcançou R$ 71,9 bilhões no 2T24, aumento de R$ 11,2 bilhões em comparação ao 1T24 e R$ 15,2 bilhões em relação ao 2T23. Durante o 2T24, captamos R$ 16,4 bilhões, sendo R$ 12,4 bilhões em títulos do mercado de capitais e R$ 4,0 bilhões em dívidas bancárias.

No 2T24, considerando as novas captações, as amortizações, em torno de R$ 4 bilhões, e a
redução de 25 bps da taxa de juros básica (Selic), o prazo médio da dívida foi alongado em
cerca de 3,5 meses em relação ao 1T24, resultando em um custo médio de CDI + 0,9220% a.a. (parcela das dívidas em CDI), IPCA + 5,9485% (parcela das dívidas em IPCA) e 9,02% a.a. (demais dívidas) ao final do período. A relação dívida liquida/ EBITDA regulatório ajustado alcançou 1,95x no 2T24, para fins de covenant a relação dívida líquida/EBITDA é de 3,03x no 2T24 e de 2,49x no 2T23.