São Paulo, SP – A Eletrobras divulgou hoje o balanço do primeiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 406 milhões, recuo de 85% em relação ao mesmo período de 2022. Segundo a companhia, apesar da melhora no resultado operacional antes do resultado financeiro, o lucro da empresa foi impactado, negativamente, pela piora do resultado financeiro em R$ 3,72 bilhões.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi negativo em R$ 4,89 bilhões, alta de 44% em comparação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda recorrente somou R$ 5,61 bilhões, alta de 10% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
A receita operacional líquida chegou a R$ 9,21 bilhões, alta de 13% em relação ao primeiro trimestre de 2022, influenciado pelo incremento das receitas geração, em particular pela consolidação da Saesa (R$ 1,14 bilhões).
A margem Ebitda foi de 53%, alta de 11,4% em relação ao mesmo perído do ano
passado. A margem Ebitda recorrente foi de 63% no primeiro trimestre de 2022 para 61% nos primeiros três meses de 2023.
O resultado financeiro passou de uma receita líquida de R$ 589 milhões para uma despesa líquida de R$ 3,13 bilhões, influenciado, principalmente, pelo maior encargo de dívidas (R$ 996 milhões), devido a consolidação da SAESA (R$ 709 milhões), e pelos encargos e atualização monetária de obrigações com a CDE e de revitalização de bacias hidrográficas (que somam R$ 1,37 bilhão), sendo os dois últimos obrigações previstas nos novos contratos de concessão celebrados em junho de 2022, pelo prazo de 30 anos.
A companhia encerrou o primeiro trimestre com caixa e equivalente de caixa + títulos e valores mobiliários de R$ 20,1 bilhões e dívida líquida de R$ 36,7 bilhões.
Em termos de evolução do mercado de energia, as Empresas Eletrobras venderam 32,4 TWh de energia, contra 30,4 TWh negociados no mesmo período do ano anterior, o que representa um crescimento de 6,7%. Esses volumes incluem as energias vendidas das usinas sob o regime de cotas, renovadas pela Lei 12.783/2013, bem como pelas usinas sob regime de exploração (ACL e ACR). Com o advento da capitalização, foram excluídas as energias de Itaipu e Eletronuclear a partir do terceiro trimestre de 2022 e referentes a 2021 para fins comparativos.
INVESTIMENTOS
Os investimentos chegaram a R$ 1,59 bilhão, alta de 206% em relação aos R$ 523 milhões investidos no primeiro trimestre de 2022.
A CGT Eletrosul realizou R$ 141 milhões em Ampliação do Sistema de Geração referentes ao Parque Eólico Coxilha Negra e Furnas realizou R$ 131 milhões em pagamento do pleito e aditamento do contrato do ciclo combinado referente a 2022 relacionado a Sta. Cruz.
Os investimentos em Manutenção das Usinas da Chesf, com destaque para Paulo Afonso e Sobradinho, dentre outras, somaram R$ 143 milhões, a Eletronorte realizou investimento de R$ 30 milhões para manutenções diversas UHEs e UTEs.
A Eletronorte realizou R$ 2 milhões em ampliação de transmissão para SE Caladinho, referente ao lote 08 do leilão de 2022.
A Chesf investiu R$ 76 milhões em como projetos diversos, videomonitoramento, melhorias em linhas de transmissão, etc. Furnas investiu R$ 39 milhões em reforços e melhorias, em LT Itumbiara-Marimbondo, SE Poços de Caldas, SE Tijuco Preto, dentre outros.
A Eletronorte realizou investimento de R$ 36 milhões e CGT Eletrosul R$ 30 milhões.
Os investimentos em manutenção foram realizados majoritariamente pela Chesf, com R$ 236 milhões em melhorias nos segmentos de subestação e linhas de transmissão.
Em SPEs houve realizado de R$ 62 milhões relacionado à aquisição participação societária de Furnas, Santo Antonio (MESA), Eletronorte realizou R$ 7 milhões em TNE e a Holding realizou R$ 2 milhões em aquisição participação societária.