Lucro líquido da Equatorial recua 57,6% no 1° trimestre de 2023

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São Paulo, SP – A Equatorial Energia divulgou hoje o balanço do primeiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 288 milhões, queda de 57,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado foi de R$ 409 milhões, 31,9% menor que o mesmo período do ano anterior.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 2,26 bilhões, alta de 57,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2022.A receita líquida chegou a R$ 10,1 bilhões, alta 74,2% em relação ao mesmo trimestre de 2022.

O aumento é reflexo, principalmente, da melhora substancial na margem bruta das distribuidoras do grupo ex CELG, fruto do crescimento de mercado, da maior tarifa fio b das distribuidoras e da redução de perdas, que juntas apresentaram um aumento de R$ 403 milhões entre trimestres e pela consolidação dos novos ativos, Equatorial Goiás, dois meses de Echoenergia e CSA, que adicionaram R$ 291 milhões, R$ 109 milhões e R$ 1 milhão, respectivamente. A partir desse trimestre, o Ebitda ajustado já contempla os ajustes não caixa e IFRS (VNR, IFRS 9 e MTM).

O resultado financeiro ajustado foi de R$ 1,24 bilhão negativo, uma variação de 151%, explicado principalmente pelo aumento da dívida bruta da companhia em R$ 14,2 bilhões, e pelo aumento do CDI acumulado que corrige atualmente cerca de 59% das dívidas do grupo.

O aumento da dívida no período é resultado principalmente da aquisição da CELG (R$ 8,5 bilhões), e do aumento da dívida consolidada por conta dos investimentos nas distribuidoras do grupo.

Em 31 de março de 2023, a dívida bruta consolidada, considerando encargos, credores financeiros da recuperação judicial (líquido de ajuste a valor presente) e debêntures, atingiu R$ 42 bilhões.

A dívida líquida apurada para fins de covenants atingiu R$ 33,1 bilhões, implicando numa relação dívida líquida/EBITDA para fins de covenants de 3,9x. Com relação as obrigações de curto prazo, a cobertura medida pela posição de caixa consolidado do grupo era de 2,2x. Desconsiderando a aquisição da Equatorial Goiás, que teve um impacto de R$ 8,5 bilhões na aquisição, a dívida líquida seria de R$ 24,6 bilhões.

O total investido, consolidado, foi de R$ 2,54 bilhões, 262,8% superior ao registrado no mesmo período de 2022. A variação decorre, principalmente, pelo investimento em ativos de distribuição, que foi 244,5% superior, ou R$ 1,65 bilhão, intensificados com a proximidade das revisões tarifárias do ano nas distribuidoras do Pará, Goiás, Piauí e Amapá, além da revisão da Equatorial Alagoas no ano de 2024, mas que tem sua data de corte da base de remuneração no final deste ano.

De maneira consolidada, a PECLD do grupo atingiu 1,23%, em níveis considerados recorrentes para a característica de nossas operações. O nível elevado no Piauí captura o envelhecimento de faturas de clientes baixa renda do período de pandemia sem realização de corte (acima de 360 dias). A arrecadação das companhias finalizou o trimestre em um patamar consolidado de 96,9%, com destaque para o alto nível registrado na Equatorial Goias, acima de 100%, já no primeiro trimestre de operação.