Lucro líquido da Gerdau cresce 9,4% no primeiro trimestre de 2023, a R$ 3,2 bilhões

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São Paulo – A Gerdau divulgou hoje o balanço do primeiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 3,21 bilhões, alta de 9,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O lucro líquido ajustado foi de R$ 2,38 bilhões, recuo de 18,8% em relação aos três primeiros meses de 2022, e alta de 79,1% na comparação ao último trimestre de 2022.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 4,32 bilhões, queda de 25,8% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

A margem Ebitda ajustada atingiu 22,9%, recuo de 5,8 pontos percentuais (p.p.) em relação a margem alcançada no mesmo período de 2022.

A receita líquida somou R$ 18,9 bilhões, recuo de 7,2% na comparação ao mesmo período de 2022, e 5,1% superior em relação ao quarto trimestre de 2022.

O resultado financeiro foi de R$ 50 milhões negativos, influenciado pelos efeitos não recorrentes de atualização de créditos tributários (R$ 253 milhões) e por menores despesas financeiras, mesmo num cenário de alta global das taxas de juros. Na comparação com o último trimestre do ano passado, a maior receita oriunda de aplicações financeiras, parcialmente compensada pela variação cambial, que contribuiu para a melhoria do resultado financeiro.

A produção de aço bruto foi de 3 milhões de toneladas, 4,2% superior em relação ao quarto trimestre de 2022 e 12,3% abaixo do mesmo período no ano anterior. O nível de utilização da capacidade de produção de aço bruto foi de 71% e reflete uma maior demanda para o trimestre, principalmente na ON América do Norte.

As vendas de aço foram de 3 milhões de toneladas, 11,5% superiores na comparação com o quarto trimestre de 2022 e 2,5% inferiores com relação ao mesmo período de 2022.

“Apesar do primeiro trimestre refletir um período com volumes de vendas historicamente superiores ao encerramento do ano anterior, observamos o início do ano de 2023 sem um crescimento do consumo aparente de aço no Brasil (tanto para a ON Brasil como para a ON Aços Especiais), reflexo de um cenário econômico de cautela, com juros em níveis elevados e uma política monetária mais contracionista, podendo afetar algumas linhas de negócios”, explicou a companhia.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 3,629 bilhões no primeiro trimestre de 2023, uma diminuição de 30% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 19,2% no 1T23, baixa de 6,3 p.p. frente a margem do primeiro trimestre de 2022.

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (DVGA) totalizaram R$ 538 milhões, alta de 8,8% na comparação ao mesmo período de 2022.

A companhia manteve um perfil alongado de sua dívida, com 78% vencendo no longo prazo. Sua composição é de 74% denominados em dólares norte-americanos, 22% em reais e 4% em outras moedas. A dívida bruta registrada em 31 de março de 2023 era de R$ 12,3 bilhões, 2,7% inferior ao trimestre anterior e 4,0% inferior ao registrado no mesmo período de 2022.

Referente à posição de caixa, a empresa encerrou o trimestre com R$ 5,8 bilhões disponíveis, resultando em uma Dívida Líquida de R$ 6,4 bilhões no período e um indicador Dívida Líquida/EBITDA em 0,31x.

Os investimos somaram R$ 954 milhões no primeiro trimestre de 2023, dos quais R$ 676 milhões em manutenção e R$ 279 milhões em projetos de expansão e atualização tecnológica.

DIVIDENDOS

O Conselho de Administração aprovou a distribuição de proventos sob a forma de juros sobre capital próprio (JCP) no montante de R$ 892 milhões (R$ 0,51 por ação). O pagamento ocorrerá em 29 de maio de 2023, com base na posição acionária de 15 de maio de 2023, ficando ex-dividendos no dia 16 de maio de 2023.