São Paulo, SP – A Hypera Pharma reportou lucro líquido de R$ 339,3 milhões no primeiro trimestre de 2023, queda de 2,2% ante igual período do ano anterior. O lucro líquido
das operações continuadas diminuiu 2,9% no período e alcançou R$ 339,4 milhões, consequência principalmente do crescimento de 14,5% do EBIT das Operações Continuadas e do aumento de R$92,2 milhões das Despesas Financeiras Líquidas.
Entre janeiro e março deste ano, a receita líquida somou R$ 1,7 bilhão, alta de 13,7% na comparação anual. Esse crescimento é resultado principalmente, do crescimento orgânico de 9,9% da Receita Líquida no varejo farmacêutico, impulsionado principalmente pelo desempenho recente do sell-out; da contribuição adicional para Receita Líquida no trimestre de R$43,9 milhões do portfólio de medicamentos adquirido da Sanofi em 2022 e do crescimento de 34,8% da Receita Líquida do Mercado Institucional.
Os gastos com vendas, gerais e administrativa, excluindo marketing e P&D, cresceram 20,5% e somaram R$ 249,1 milhões.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas do período cresceu 16,1% e somou R$ 580,3 milhões na comparação anual.
O crescimento da Receita Líquida contribuiu para que a Hypera Pharma alcançasse EBITDA das Operações Continuadas, quando excluída a contribuição de Outras Receitas e Despesas
Operacionais Líquidas, de R$580,3 milhões, ou 16,1% superior ao 1T22, com margem de 34,2%, ou 0,7 ponto percentual superior ao mesmo período do ano anterior.
A expansão da Margem EBITDA no trimestre se deu principalmente pela expansão de 1,1 ponto percentual da Margem Bruta. Cabe destacar que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) aprovou o reajuste dos preços de medicamentos em até 5,6%, com efeito a partir do 2T23, que contribuirá para que a Hypera Pharma compense parte das pressões inflacionárias registradas nos últimos 12 meses em seus custos e despesas operacionais
A empresa apresentou crescimento orgânico de sell-out, que considera o preço médio de compra pelas farmácias e redes, de 5,9% no trimestre, influenciado negativamente pelo desempenho registrado nos meses de janeiro e fevereiro, consequência do forte crescimento ano contra ano registrado nesse mesmo período em 2022, quando a companhia cresceu organicamente 28,0% sobre o primeiro bimestre de 2021, ou 6,9 pontos percentuais acima do mercado, resultado do significativo crescimento nas vendas de medicamentos antigripais por conta do aumento dos casos de gripe (H3N2) observado no Brasil no início de 2022. Já no mês de março, o crescimento orgânico do sell-out foi de 19,1%, patamar semelhante ao registrado pela Companhia em 2022, informou, em seu relatório.
O crescimento do sell-out nesse trimestre foi favorecido, principalmente, pelas marcas Buscopan, Torsilax, Dramin, Epocler e Engov; pelas extensões de linha das marcas Vitasay e Vitaminas Neo Química; pelo crescimento registrado em Skincare, consequência principalmente das extensões de linha da marca Mantecorp Skincare; e pelos lançamentos recentes Ammy, Ondif, Curc e Picbam (Apixabana).
Ao final do trimestre, a dívida líquida pós Hedge da companhia era de R$7,7 bilhões, ante R$6,8 bilhões registrado ao final do 4T22. O aumento da Dívida Líquida pós Hedge é consequência principalmente do pagamento dos Juros Sobre Capital Próprio declarados em 2022, no valor de R$1,23/ação, realizado em janeiro de 2023.