Lucro líquido da Iguatemi cresce 16,3% no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Iguatemi divulgou na noite de ontem (5) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido ajustado de R$ 118,4 milhões, alta de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado (3T23). De janeiro a setembro, o lucro líquido ajustado
foi de R$ 333,3 milhões, alta de 31,3% em comparação ao mesmo período de 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 250,8 milhões, alta de 1,3% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda foi de R$ 709 milhões, alta de 8,1% em comparação ao mesmo período de 2023.

A margem líquida atingiu 36,6%, 2,8 pontos percentuais acima do registrado no 3T23. Já a margem Ebitda ajustado foi de 77,5%, queda de 4,6 pontos percentuais em comparação ao 3T23

A receita líquida ajustada foi de R$ 323 milhões, crescimento de 7,3% em relação ao mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, a receita líquida foi de R$ 946 milhões, alta de 5,6% em comparação ao mesmo período de 2023.

O Resultado Financeiro Líquido encerrou o 3T24 em R$ 57,6 milhões negativos, 42,5% abaixo do valor apresentado no 3T23. As Receitas Financeiras encerraram o trimestre
em R$ 54,7 milhões, uma alta de 494,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, impactadas pelo aumento de 74,3% do rendimento de aplicações e reversão do resultado do SWAP.

A Iguatemi S.A. encerrou o trimestre com uma Dívida Total de R$ 3,5 bilhões, uma redução de 12,7% em relação ao trimestre anterior. O prazo médio encerrou em 5,5 anos, aumento de 0,8 anos, o custo médio da dívida também apresentou uma queda de 1 p.p., encerrando em 105,8% do CDI, decorrente da operação de rolagem da dívida (liability management) que a Companhia realizou no trimestre.

A Disponibilidade de Caixa encerrou em R$ 1,9 bilhão, levando a uma Dívida Líquida de R$ 1,6 bilhão, redução de 6,9% na comparação com o 2T24. Com esses movimentos, a companhia seguiu reduzindo a sua alavancagem, encerrando com um múltiplo Dívida Líquida/EBITDA Ajustado de 1,67x, uma queda de 0,13x versus o 2T24.

As vendas totais atingiram R$ 4,9 bilhões no trimestre, um crescimento de 9,7% sobre o 3T23. Já o SAS (vendas mesmas áreas) apresentou um crescimento de 10,3%, 5,9p.p.
acima do IPCA do período.

As vendas mesmas lojas (SSS) registraram crescimento de 8,9% no 3T24 sobre o 3T23. Na performance por segmento, os que melhor desempenharam no trimestre foram Artigos Diversos, Saúde & Beleza, Joalherias; Moda, Calçados, Artigos de Couro e Artigos para o Lar, Livraria, Papelaria, Informática ficando 15,2%, 8,6% e 8% acima do 3T23, respectivamente.

Neste trimestre a Companhia seguiu evoluindo com melhora na taxa de ocupação, atingindo 95,9% na média do 3T24, representando um aumento de 2,5 p.p. em comparação com o 3T23. Durante o período, a Iguatemi manteve o ritmo de taxa de comercialização de contratos resultando em um aumento de 11% de ABL comercializada versus a média dos últimos 5 anos.

Do ponto de vista de saídas, a ABL de fechamento foi 6% menor do que o histórico dos últimos 5 anos. Esse resultado é em parte explicado pela performance operacional das lojas nos shoppings do grupo. “No 3T24, observamos uma entrada de lojistas 19,2% superior à média dos últimos 5 anos de 3Ts. Da mesma forma, houve a saída de 103
operações nesse trimestre, sendo muitas delas para as novas lojas que foram assinadas durante o final do ano anterior e início desse ano”, explicou a companhia.

O custo de ocupação médio para o 3T24 foi de 11,0%, 0,9p.p abaixo do 3T23. A redução do custo de ocupação nos permite seguir reprecificando os aluguéis através de leasing spreads positivos de renovação e diminuindo a concessão de descontos sobre os aluguéis.

A inadimplência líquida foi negativa em 3,1%, uma redução de 2,8 pontos percentuais em relação ao 3T23. Esse resultado reflete a performance dos lojistas, baixo custo de ocupação e da cobrança da Iguatemi. A inadimplência bruta mensal, assim como comentado nos trimestres anteriores, continua em níveis inferiores aos apresentados nos últimos 10 anos, contribuindo para a performance da inadimplência líquida.