Lucro líquido da JBS cresce 571% no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A JBS divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 3,84 bilhões, alta de 571% em comparação ao
mesmo período do ano passado (3T23).

Segundo a companhia, os resultados apresentados neste trimestre permitem anunciar, com pagamento em 15 de janeiro de 2025, a distribuição de dividendos de R$ 1,00 por ação, totalizando R$ 2,2 bilhões. No último mês de outubro, foram distribuídos R$ 4,4 bilhões em dividendos. Em 6 anos, a Companhia deu um retorno médio total aos acionistas de aproximadamente 30% a.a. em reais e 20% a.a. em dólares.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 11,9 bilhões, alta de 120,7% em relação ao 3T23, enquanto a margem EBITDA alcançou 10,8%, um aumento de 490 pontos-base em relação ao ano anterior. Com exceção da JBS Beef North America, que enfrenta um ciclo do gado desafiador, todas as unidades de negócio mostraram evolução na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para Seara, Pilgrims e JBS Brasil. Esse resultado reforça a fortaleza da plataforma global diversificada. Nos últimos 12 meses, o EBITDA ajustado atingiu R$33,4 bilhões (U$6,4 bilhões), com margem EBITDA ajustada de 8,4%.

Já a margem Ebitda foi de 10,3%, alta de 3,1 pontos percentuais em comparação ao 3T23. De janeiro a setembro, a margem Ebitda foi de 9,6%, alta de 3,3 pontos percentuais em comparação aos nove primeiros meses de 2023.

A receita líquida foi de R$ 110,497 bilhões, crescimento de 20,9% em relação ao mesmo período de 2023. No período, cerca de 74% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 26% por meio de exportações. Nos últimos 12 meses, a receita líquida atingiu R$396,6 bilhões (US$76,7 bilhões).

No 3T24, o fluxo de caixa das atividades operacionais foi de R$10,3 bilhões, versus uma geração de caixa operacional de R$6,3 bilhões no 3T23. Essa evolução é explicada pela melhora na performance operacional em praticamente todas as unidades de negócios. O fluxo de caixa livre, após adição de ativo imobilizado, juros pagos e recebidos, e arrendamento mercantil foi positivo em R$5,5 bilhões, uma melhora de 88% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A JBS encerrou o trimestre com R$28,5 bilhões em caixa e possui US$3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas, sem garantia real, sendo US$2,9 bilhões na JBS USA e US$450 milhões na JBS Brasil, equivalentes a R$18,3 bilhões pelo câmbio de fechamento do período. Assim, a disponibilidade total da Companhia é de R$46,9 bilhões. No fechamento do 3T24, a dívida líquida ficou em US$13,7 bilhões (R$75 bilhões) uma redução de aproximadamente US$2,3 bilhões quando comparado ao 3T23. No trimestre, a alavancagem em dólares encerrou em 2,15x.

A Dívida Líquida do 3T24 encerrou em US$13,7 bilhões, uma redução de US$1 bilhão na
comparação com 2T24, puxado pela forte geração de caixa do trimestre. A geração de caixa foi parcialmente impactada por: Capex no montante de US$321 milhões; pagamento de juros no valor de US$295 milhões; US$154 milhões de ativo biológico; US$103 milhões de arrendamento mercantil; e US$101 milhões de pagamento de impostos.

No 3T24, a JBS Brasil registrou uma receita líquida de R$18 bilhões (+25% a/a), cujo crescimento é reflexo dos maiores volumes vendidos, principalmente no mercado internacional. No mercado externo, a receita líquida de carne bovina in natura cresceu 34% a/a no 3T24, como resultado do crescimento de 20% do volume vendido no período. Além da forte demanda internacional, a diversificação geográfica se mostrou importante no mercado externo, ampliando a venda para importantes regiões, como Oriente Médio, Estados Unidos, Filipinas, entre outros.

Considerando os resultados em IFRS e Reais, a Pilgrim’s Pride Corporation apresentou receita líquida de R$25,4 bilhões no 3T24, crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior, e EBITDA ajustado de R$4,3 bilhões, com margem EBITDA de 16,9%. Esses resultados incluem o impacto da depreciação de 14% do câmbio médio, que foi de R$ 4,88 no 3T23 para R$ 5,55 no 3T24.

Em IFRS e reais, no 3T24, a receita líquida da JBS USA Pork foi de R$11,3 bilhões, um aumento de 15% em relação ao 3T23 e o EBITDA ajustado foi de R$1,4 bilhão, com margem de 12,1%. Esses resultados incluem o impacto da depreciação de 14% do câmbio médio, que foi de R$ 4,88 no 3T23 para R$ 5,55 no 3T24.

Considerando os resultados em IFRS e reais, a receita líquida da JBS Austrália no 3T24 foi de R$9,9 bilhões (+29% a/a). O EBITDA ajustado foi de R$966,8 milhões no 3T24, com uma margem EBITDA de 9,8%. Esses resultados incluem o impacto da depreciação de 14% do câmbio médio, que foi de R$ 4,88 no 3T23 para R$ 5,55 no 3T24.

Em IFRS e reais, a receita líquida da JBS Beef North America no 3T24 foi de R$35 bilhões, um aumento de 21% em relação ao 3T23, com um EBITDA ajustado de R$650,7 milhões e uma margem EBITDA de 1,9%. Esses resultados incluem o impacto da depreciação de 14% do câmbio médio, que foi de R$4,88 no 3T23 para R$5,55 no 3T24.

DIVIDENDOS

O Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos intermediários à conta do saldo das reservas de lucros apurado no balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2023, no montante total R$ 2,218 bilhões, correspondentes a R$1,00 (um real) por ação ordinária (Dividendos Intermediários). No último mês de outubro, a Companhia já havia distribuído R$4,4 bilhões em dividendos.