Lucro líquido da Localiza cresce 59,1% no 4° trimestre de 2023

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São Paulo, SP – A Localiza divulgou ontem o balanço do quarto trimestre de 2023, com lucro contábil de R$ 705,6 milhões, avanço de 59,1% em relação ao mesmo período do ano
anterior. Em 2023, o lucro contábil foi de R$ 1,803 bilhão, queda de 2,1% em comparação a 2022. Excluindo-se os impactos não-caixa advindos da amortização da mais valia e baixa de prejuízo fiscal, o lucro líquido ajustado somou R$ 750,9 milhões, crescimento de 17,8% em relação ao último trimestre de 2022. Em 2023, o lucro líquido ajustado foi de R$ 2,477 bilhões, queda de 9,7% em comparação a 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 2,879 bilhões, crescimento de 33,0% em comparação ao Ebitda ajustado do mesmo período do ano anterior (40,1% na comparação com o resultado contábil). No ano, o Ebitda ajustado soma R$ 10,676 bilhões, crescimento de 27,6% em comparação ao ano anterior.

A margem Ebitda da divisão de Aluguel de Carros foi de 62,7%, avanço de 1,7p.p. em relação à margem do 4T22. Em Gestão de Frotas, a margem foi de 71,5%, avanço de 5,0p.p. em relação à margem do 4T22. A margem consolidada de aluguéis alcançou 66,7%, avanço de 3,4p.p. em relação ao 4T22, mesmo com o efeito da mudança. Excluindo-se os efeitos da mudança na alocação do custo de preparação para efeito de comparação, a margem Ebitda da divisão de Aluguel de Carrosteria sido de 69,5%, forte avanço de 8,5p.p.,refletindo os ganhos de volume, preço, utilização e menores custos de manutenção por carro, além da redução do SG&A. Em Gestão de Frotas a margem Ebitda comparável teria sido de 73,5%, ganho de 7,0p.p., explicada principalmente pelos novos contratos precificados em contexto de maiores preços de carros e depreciação, além da maior eficiência em custos e despesas. As novas iniciativas associadas a mobilidade, telemetria e oficinas trouxeram receitas de R$ 45,2 milhões, mas impactaram negativamente a margem Ebitda desta divisão em 2,5p.p. no trimestre.

A receita líquida consolidada avançou 34,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, totalizando R$ 7,908 bilhões. A receita líquida de aluguéis apresentou crescimento de 30,1%, sendo 22,3% na divisão de Aluguel de Carros e 40,4% na divisão de Gestão de Frotas. A receita de Seminovos somou R$ 3,740,6 milhões no trimestre, aumento de 39,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado do aumento expressivo nas vendas de Seminovos na comparação anual. No ano, a receita líquida consolidada somou R$ 28,902 bilhões, crescimento de 33,9% em relação a 2022.

O EBIT ajustado pelos efeitos da mais valia, totalizou R$ 1,832 bilhões. O EBIT contábil totalizou R$ 1,806 bilhões, crescimento de 47,4% em relação ao 4T22. No ano, o EBIT ajustado soma R$ 6,863 bilhões, crescimento de 9,4% em comparação ao ano anterior.

No 4T23 foram comprados 107.532 carros para a operação própria no Brasil, sendo 70.375 na divisão de Aluguel de Carros e 37.157 na divisão de Gestão de Frotas, e vendidos 56.514, resultando na adição de 51.018 carros. No Aluguel de Carros, a forte adição de frota no 4T23 tem o objetivo de suportar a maior demanda de final de ano. No primeiro trimestre de 2024, a Companhia tende a reduzir o ritmo de compras no Aluguel de Carros, visando o ajuste da frota após a alta temporada

A companhia encerrou 2023 com 215 lojas de Seminovos, distribuídas em 107 cidades brasileiras. Em 2023, foram abertas 29 lojas, sendo 20 no segundo semestre. As novas aberturas visam suportar o aumento das vendas para a renovação da frota, movimento que deve continuar ao longo de 2024.

Na divisão de Aluguel de Carros, o preço médio de compra foi de R$ 81,3 mil e o de venda alcançou R$ 65,8 mil no 4T23, resultando em menor capex de renovação em comparação ao 3T23. A integração e padronização dos processos de desmobilização de carros ao longo do 3T23, somados à continuidade do processo de rejuvenescimento da frota, devem contribuir para o aumento das vendas no varejo ao longo de 2024.

Em Gestão de Frotas, o preço médio de compra de R$ 91,6 mil no 4T23 reflete o maior mix de veículos leves, enquanto o preço médio de venda alcançou R$ 66,9 mil, avançando na comparação sequencial e contribuindo para a redução do capex de renovação em relação ao 3T23, também nesta divisão

A companhia encerrou 2023 com 657.612 carros, crescimento de 11,3% na comparação anual, sendo um aumento de 19,1% na divisão de Gestão de Frotas e 4,8% na divisão de Aluguel de Carros no Brasil, que voltou a crescer depois de recompor os efeitos do carve-out.

Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia somava R$ 29,264 bilhões. A companhia encerrou o ano com R$ 11,508 bilhões em caixa. Considerando as captações e liquidações anunciadas até 31/1/2024, a posição proforma de caixa seria de R$ 12,708 bilhões.