São Paulo, 27 de fevereiro de 2025 – O lucro líquido da Localiza cresceu 18,7% no quarto trimestre de 2024, em relação a igual período do ano passado, para R$ 837 milhões. Em todo o ano passado, a Localiza registrou lucro líquido de R$ 837 milhões, explicado por (+) R$446 milhões de aumento no EBITDA; (-) R$220 milhões de aumento na depreciação de carros e outros; (+) R$8 milhões de redução em despesas financeiras líquidas, em função da redução do CDI médio do período e do efeito de proteção dos derivativos atrelados aos contratos de Gestão de Frotas e; (-) R$103 milhões de impacto negativo no imposto de renda e contribuição social pelo maior lucro tributável e aumento da alíquota efetiva de IR.
Em 2024, o lucro da Localiza totalizou R$ 1,813 bilhão, praticamente estável (+0,6%) em relação ao lucro contábil de 2023 (R$ 1,803 bilhão), reflexo da maior depreciação de carros.
A receita líquida subiu 24,6% na mesma comparação, somando R$ 9,85 bilhões no período. A receita de aluguéis apresentou crescimento de 14,9%, sendo 13,0% na divisão de Aluguel de Carros e 16,4% na divisão de Gestão de Frotas. A receita de Seminovos, área de eficiência da Companhia, somou R$5.062 milhões no trimestre, aumento de 35,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado do aumento de 27,0% no volume e do maior preço médio de venda.
No ano, a receita líquida consolidada avançou 29,0% em relação a 2023, totalizando R$37.272 milhões, com forte avanço em aluguéis e em Seminovos.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 3,3 bilhões no quarto trimestre, alta de 15,5% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. “Em 2024 deixamos de ajustar as margens para efeitos da combinação de negócios e impairment, e no 4T23 passamos a alocar os custos de preparação de carros em Aluguel de Carros e Gestão de Frotas, excluindo-os de Seminovos. Assim, faremos as comparações apenas em relação ao 4T24, cujas bases são comparáveis”, informou a companhia.
No 4T24, a margem EBITDA da divisão de Aluguel de Carros, foi de 65,6%, avanço de 2,9p.p. na comparação anual. A robusta margem no trimestre reflete principalmente a precificação do aluguel, além do avanço no processo de rejuvenescimento e redução da quilometragem média da frota, que resultam em menores custos de manutenção por carro, parcialmente compensados pelo avanço nos custos de preparação, em razão do avanço de 24,3% no número de carros preparados.
Em Gestão de Frotas, a margem foi de 69,8%, redução de 1,7p.p. em relação à do 4T23, explicada principalmente, pelo aumento nos custos de preparação, em razão do aumento de 29,0% no volume de carros preparados, bem como do aumento do custo por carro preparado, em razão da maior desativação de veículos de uso severo. As despesas com PDD também apresentaram alta no trimestre, especificamente em Pesados. Telemetria e outras iniciativas trouxeram receitas de R$50 milhões e EBITDA de R$200 mil, diluindo a margem EBITDA desta divisão em 1,6p.p. no trimestre.
Seminovos apresentou margem de 2,6%, refletindo principalmente a acomodação no preço de seminovos observada em dezembro. Ao longo do trimestre, os modelos 2021, 2022 e 2023 apresentaram acomodação em linha com os padrões históricos. Por outro lado, vimos acomodação mais forte nos carros ano-modelo 2024.
Em 2024, o ebitda foi de R$ 11,9 bilhões, alta de 13,2% frente ao registrado um ano antes.
A dívida líquida da companhia era de R$ 30,064 bilhões ao final do período, maior que R$ 29,265 bilhões ao final de 2023.