São Paulo, SP – A PetroRecôncavo divulgou na noite de ontem (5) o balanço do quarto trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 186,6 milhões, queda de 54% em relação ao mesmo período de 2022. Em 2023, o lucro líquido foi de R$ 708,9 milhões, queda de 39% em relação a 2022.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 312,5 milhões, queda 36% em relação ao último trimestre de 2022. Em 2023, o Ebitda ajustado foi de R$ 2,603 bilhões, alta de 15,1% em comparação a 2022. Em 2023, o Ebitda foi de R$ 1,278 bilhão, queda de 21% em comparação a 2022.
A receita líquida foi de R$ 689 milhões, queda de 11% na comparação com o último trimestre de 2022. Em 2023, a receita líquida total foi de R$ 2,814 bilhões, queda de 5% na comparação com 2022.
No trimestre, a receita líquida de petróleo reduziu 6%, em relação ao trimestre anterior, em função da redução de 12% da produção de petróleo na mesma base de comparação, parcialmente compensada pela venda de parte do estoque acumulado durante o terceiro trimestre de 2023. Adicionalmente, o preço médio do petróleo tipo Brent foi de US$ 84,05/bbl, 3% menor que preço médio observado no 3T23, enquanto a taxa média de câmbio foi 1% superior. No quarto trimestre de 2023, a companhia registrou uma produção média de 25,4 mil boe/dia, alta de 10% em comparação ao mesmo período de 2022. Em 2023, a produção média de 25,9 mil boe/dia, alta de 22% em relação a 2022.
A companhia informou que os problemas de escoamento e restrição da produção no Rio Grande do Norte, resultaram em um impacto negativo no trimestre de aproximadamente R$ 128 milhões na Receita Líquida e R$ 43 milhões de Custos extraordinários, refletindo em um efeito estimado de R$ 171 milhões, que quando adicionados ao EBITDA realizado resultaria em um EBITDA potencial de R$ 418 milhões.
Os custos e despesas no ano foram de R$ 1,3 bilhão, aumento de 15% em relação ao ano anterior. Estes valores consideram a integração da SPE Tiêta no primeiro trimestre de 2023, que desconsiderando este efeito, o aumento no custo seria de 10%.
O custo médio de produção do ano foi de US$ 13,07/boe, aumento de 5% em relação ao ano anterior. No 4T23, o custo médio de produção foi de US$ 14,28/boe, em função dos custos fixos sobre a produção reduzida e do aumento nos custos com reparo de poço (well service) e pessoal. Com a retomada do escoamento e normalização da produção, os custos tendem a retornar a patamares mais recorrentes. Se considerarmos a produção não realizada no 4T23, o lifting cost ajustado seria de US$ 12,69/boe no ano e US$ 13,14/boe no trimestre.
A dívida bruta terminou 2023 em R$ 1,4 bilhão, redução de 12% em relação ao ano anterior. O custo médio da dívida bancária é de SOFR + 3,73% o que em 2023 resultou 8,95% a.a.. O prazo médio da dívida atingiu 1,57 ano. A dívida líquida era de R$ 881 milhões.
Em 31 de dezembro, a companhia registrou posição de caixa, que representa a soma dos saldos de caixa e equivalentes e aplicações financeiras, de R$ 507 milhões, 69% menor que o ano anterior. A relação Dívida Líquida/EBITDA é de 0,69 x, demonstrando o baixo nível de endividamento da companhia.