Lucro líquido da Raízen avança no quarto trimestre da safra 2022/2023

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São Paulo, SP – A Raízen divulgou na sexta-feira (12) o balanço do quarto trimestre de seu ano-safra 2022-2023, que corresponde aos meses de janeiro a março deste ano. O lucro líquido ajustado foi de R$ 2,52 bilhões, valor bem acima dos R$ 209,7 milhões alcançado no mesmo período do ano passado.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 5,91 bilhões, alta de mais de 200% em comparação ao valor de R$ 1,78 bilhão em comparação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida fechou em R$ 54,9 bilhões, alta de 2,8% em relação primeiro trimestre de 2022.

Segundo o comunicado da companhia, os resultados foram impactados, pelo segundo ano consecutivo, pela influência do clima mais seco ao longo da safra, que afetou a produtividade, chegando a 73,5 milhões de toneladas (abaixo da projeção de 80 milhões de toneladas).

“A Raízen vem acelerando a renovação do canavial, fortalecendo a jornada para recuperação da produtividade agrícola. Os resultados das colheitas de 1° e 2° corte também mostram que a média da produtividade da companhia é competitiva, gerando importantes ganhos de escala com maior diluição de custos nos próximos anos”, explicou a companhia.

O volume total de vendas de açúcar atingiu 3.430 mil toneladas no trimestre (+82%), em razão do aumento das vendas de produto próprio (+32%) e aceleração das operações de comercialização. O preço médio atingiu R$ 2.178/ton (+11%), beneficiando-se da estratégia de fixação dos preços em meio a um cenário positivo da commodity e maior participação da Raízen na venda direta para o destino.

“A eficácia estratégica das vendas diretas para o destino proporcionou expansão da atuação na cadeia de valor do açúcar, com melhor fixação dos preços em meio a um cenário mais positivo para a commodity. A comercialização de volumes próprios no ano foi similar à safra anterior, apesar da menor disponibilidade de cana. Porém, aumentamos nossa participação de mercado com um volume de revenda de açúcar de mais de 6 milhões de toneladas, o dobro do volume operado no ano passado e em linha com nossa estratégia de expansão na cadeia de valor do mercado global de Açúcar, comentou a Raízen.

A dívida líquida encerrou em R$ 26,8 bilhões, alta de 52%, impactada pelo crescimento do capex que totalizou R$1,9 bilhão, pelo aumento do capital empregado (R$ 3,4 bilhões) e por captações líquidas que somaram R$ 3,7 bilhões no período, com destaque para Debêntures de longo prazo e captações de curto prazo para financiamento da parada da refinaria na Argentina de R$ 2 bilhões no trimestre.

A alavancagem atingiu 2,3 vezes a relação Dívida Líquida/EBITDA dos últimos 12 meses (versus 1,5x no 2T 2122), em linha com histórico de sazonalidade da safra e posição dos estoques. Se excluído o atual estoque das operações Agroindustriais, a alavancagem seria de 1,5x. A posição de caixa e equivalentes de caixa encerrou o trimestre em R$ 6,7 bilhões.

PROJEÇÕES

A empresa também divulgou a estimativa de lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões no ano-safra 2023/2024, que iniciou em 1 de abril de 2023 e se encerrará em 31 de março de 2024. Já os investimentos ficarão entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões no período.