Lucro líquido da Rede D’Or cresce 4,8% no terceiro trimestre, a R$ 396,3 milhões

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São Paulo – A Rede D’Or divulgou ontem (9) o balanço do terceiro trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 396,3 milhões, alta de 4,8% em relação ao terceiro trimestre de 2021. Foi o segundo crescimento consecutivo trimestral.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) alcançou R$ 1,5 bilhão (margem 24,9%) e o EBITDA ajustado atingiu R$ 1,6 bilhão (margem 27,3%), expansão de 20,0% e de 9,4% respectivamente, em comparação ao terceiro trimestre de 2021.

Segundo a companhia, o resultado frente ao terceiro trimestre pode ser atribuído, principalmente, à sólida performance da receita, impulsionada pelo maior volume de pacientes-dia (+12,2%) e procedimentos cirúrgicos (+20,1%); pelos reajustes dos preços dos serviços prestados e pela otimização dos custos com materiais e medicamentos.

A receita líquida consolidada foi R$ 6 bilhões, alta de 14,2% sobre o mesmo período de 2021, e 4,6% acima do valor registrado no segundo trimestre de 2022. Os custos dos serviços prestados totalizaram R$4.556,0 milhões, com aumento de 12,3% em relação ao terceiro trimestre de 2021, mais do que compensado pelo crescimento da receita líquida (+14,2%) no mesmo período.

O lucro bruto atingiu R$ 1,5 bilhão, registrando avanço de 20,5% em relação ao ano passado e 9,9% em comparação ao segundo trimestre. A margem bruta foi de 24,9% no trimestre, com avanços de 1,3 p.p. e 1,2 p.p. frente ao terceiro trimestre de 2021 e o segundo trimestre de 2022, respectivamente, em função dos esforços na linha de materiais e medicamentos.

Os investimentos no terceiro trimestre foram de R$ 642,6 milhões, sendo 4,1% direcionados ao pagamento de aquisições, 84,1% dedicados ao capex de projetos em desenvolvimento e 11,8% investidos na manutenção de seus ativos.

A geração de caixa operacional alcançou R$ 3,3 bilhões nos nove primeiros meses do ano, aumento de 135,4% o mesmo período de 2021, impactado pela expansão do resultado operacional e pela melhora do contas a receber.

A receita bruta atingiu R$ 6,8 bilhões, crescimento de 15,2% em comparação ao mesmo período de 2021. Hospitais & outros serviços representou 90,8% da receita bruta, somando R$ 6,1 bilhões, 13,7% acima do valor registrado no terceiro trimestre de 2021 e 4,2% superior ao segundo trimestre de 2022. Oncologia (infusões) representou 9,2% da receita bruta no trimestre, atingindo R$ 626,5 milhões, alta de 32,4% sobre o mesmo período do ano anterior e 6,9% maior do que no segundo trimestre de 2022.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 684,3 milhões, apresentando queda de 50,9% quando comparado ao mesmo período do ano passado. A piora no resultado financeiro segue relacionada, principalmente, à elevação das taxas de juros, em especial o CDI, que encerrou o terceiro trimestre em 3,31% (vs. 1,22% no 3T21 e 2,91% no 2T22), e ao aumento do endividamento médio.

A geração de caixa operacional antes do pagamento de juros, imposto de renda e contribuição social alcançou R$ 3,3 bilhões no acumulado do ano, registrando expansão de 135,4% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

O ticket médio, calculado a partir da receita bruta total e do número de pacientes-dia, apresentou evolução (R$ 9.708), 5,3% maior comparado ao número registrado no trimestre imediatamente anterior (R$ 9.224). Comparado ao terceiro trimestre de 2021 (R$9.459), o indicador apresentou aumento de 2,6%, impulsionado principalmente pelo maior volume de reajustes dos contratos de prestação de serviços efetivados ao longo do terceiro trimestre.

Ao fim do terceiro trimestre, 9.613 leitos estavam em operação; 852 leitos operacionais a mais que ao final do mesmo período do ano anterior, e 174 acima do segundo trimestre de 2022. O principal investimento responsável pelo aumento do número de leitos operacionais no trimestre foi a inauguração do novo Hospital Maternidade São Luiz Star, em agosto.

A taxa de ocupação dos leitos hospitalares da Rede DOr atingiu 79,5%, 1,1 p.p. acima da ocupação registrada no mesmo período de 2021 e 4,5 p.p. Em comparação ao trimestre anterior, a taxa de ocupação apresentou queda de 3,1 p.p., seguindo a tendência sazonal histórica.