Lucro líquido da Sabesp cresce 622,2% no 3° trimestre de 2024

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Foto: Sabesp

São Paulo, SP – A Sabesp divulgou na noite de ontem (11) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 6,1 bilhões, alta de 622,2% em relação ao mesmo período do ano passado (3T23). De janeiro a setembro, o lucro líquido foi de R$ 8,1 bilhões, alta de 248,5% em comparação ao mesmo período de 2023. Desconsiderando os efeitos não recorrentes e a margem de construção, o lucro líquido foi de R$ 1,1 bilhão.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 10,5 bilhões, alta de 343,6% em relação ao 3T23. Já a margem Ebitda ajustado foi de 78,6%, alta de 32 pontos percentuais em comparação ao 3T23. Desconsiderando os efeitos não recorrentes e a margem de construção, conforme descritos abaixo, o EBITDA ajustado no 3T24 foi de R$ 2,785 bilhões e a margem EBITDA ajustada atingiu 60%.

A receita líquida foi de R$ 14,997 bilhões, crescimento de 132,4% em relação ao mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, a receita líquida foi de R$ 28,307 bilhões, alta de 54,6% em comparação ao nove primeiros meses de 2023.

A companhia ressaltou que, com a conclusão do processo de desestatização e a assinatura do contrato com a URAE-1, em 23 julho de 2024, passou a utilizar o modelo de bifurcação dos ativos relacionados à concessão, anteriormente classificados somente como intangíveis, que consiste na segregação dos ativos que serão realizados por meio de tarifa (ativo intangível) e por indenização (ativo financeiro). O ativo financeiro se refere aos investimentos reversíveis e não totalmente amortizados até o final do contrato (outubro de 2060), que serão indenizados conforme previsão contratual. O registro deste ativo financeiro gerou um impacto na receita bruta do período de R$ 8,820 bilhões. Para mais informações vide Nota 15 das Informações Trimestrais de setembro de 2024.

Transição

A nova gestão, optou por revisar a expectativa de continuidade de ativos que estavam em construção (perda reconhecida no montante de R$ 194 milhões). Além disso, reavaliou os cálculos de alguns processos judiciais (provisão reconhecida de R$ 309 milhões entre Despesas Gerais e Despesas Financeiras). Adicionalmente a nova gestão incorreu em despesas com consultorias de transição bem como custos da oferta de desestatização que somam R$ 47 milhões e não tem expectativa de recorrência.