Lucro líquido da São Martinho chega a R$ 627,3 mi no 4° trimestre da safra 2023/24

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São Paulo, SP – A São Martinho divulgou hoje o balanço do quarto trimestre da safra 2023/24, com lucro líquido de R$ 627,3 milhões, bem acima do resultado registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 151,9 milhões. Segundo a companhia, o resultado e reflexo da antecipação do Precatório da Copersucar de 2024 e ao reconhecimento do Precatório adicional em parcela única (3º Precatório) no período. Na Safra 2023/24, o lucro líquido totalizou R$ 1,476 bilhão (+45,3% vs. 12M23).

O Ebitda Ajustado totalizou R$ 1,154 bilhão no 4T24 (+25,8%), com margem Ebitda Ajustado de 47,6%, e R$ 3,070 bilhões no 12M24 (-8,5%) com margem de 44,4%. As performances no trimestre e na safra devem-se aos menores preços de etanol, parcialmente compensados por maiores preços de açúcar e maior volume comercializado (ATR vendido). Já o Ebit Ajustado somou R$ 466,1 milhões (+0,7% vs. 4T23), com margem de 19,2% no 4T24. Na safra, o indicador acumulou R$ 1,229 bilhão (-27,8% vs. 12M23).

A receita líquida da São Martinho alcançou R$ 2,423 bilhões no 4T24, alta de 33,4% em comparação ao 4T23, decorrente da maior quantidade comercializada de açúcar (+20,6%) e etanol (+113,8%) no período, parcialmente compensado pela retração de preços do biocombustível (-30,8%). Ao final da safra, a receita liquida totalizou R$ 6,922 bilhões, uma expansão de 4,2% em relação à safra anterior, reflexo principalmente da combinação do melhor desempenho do açúcar, com aumento dos preços (+14,2%) e quantidade (+21,4%), e retração dos preços de etanol (-29,1%), apesar da expansão do volume comercializado do biocombustível (+10%).

Na safra 23/24, a São Martinho processou cerca de 23,1 milhões de toneladas de cana-de açúcar, uma expansão de 15,2% em relação à safra 22/23, decorrente da melhora de produtividade (+19,7% em toneladas de cana por hectare). O avanço operacional provém da normalização das condições climáticas e regularização do regime de chuvas nas regiões dos canaviais da Companhia, do manejo agrícola diferenciado e uso de variedades genéticas de maior produtividade e dos investimentos, principalmente em tratos culturais, ocorridos nas safras anteriores.

GUIDANCE e CAPEX

A companhia divulgou o guidance de produção e de investimentos (capex) para a safra 2024/2025. Nas operações de cana-de açúcar estima-se um total de 3.155,6 mil toneladas de ATR Produzido para a safra 2024/25, efeito da combinação entre uma moagem de 22,4 milhões de toneladas de cana (redução de 2,9% em relação à safra 23/24), e um ATR médio de 140,9 Kg/ton (3,0% acima da safra anterior).

Segundo a São Martinho, a estabilidade de oferta de produto na evolução das safras (em ATR Produzido) acontece com um mix mais açucareiro nas operações de cana, refletindo uma visão de maior rentabilidade para o açúcar em relação ao etanol no momento de definição do Guidance de Produção.

Para a safra 2024/25, a São Martinho espera que a planta de etanol de milho opere mais ajustada aos parâmetros de projeto, comparada à safra anterior, quando teve sua performance impactada pelo período de ramp-up. O processamento de 495 mil toneladas de milho, em linha com a capacidade nominal da fábrica, deve resultar na produção de aproximadamente 200 mil m3 de etanol, 135 mil tons de DDGS e 9 mil toneladas de óleo de milho, produtos adicionais à operação de cana-de-açúcar mencionada previamente, disse a companhia.

O capex de manutenção estimado para a safra 2024/25 totaliza R$ 1,9 bilhão, em linha com o valor realizado em 2023/24 mediante a normalização das atividades de plantio, tratos culturais e manutenção agroindustrial durante o período de entressafra.

JCP

A São Martinho informou que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 150 milhões, equivalente a R$ 0,445733054 por açãO. O valor do JCP por ação poderá sofrer alteração até a data do pagamento em decorrência da variação da quantidade de ações em tesouraria.

O montante de JCP será pago aos acionistas no próximo dia 2 de julho, sem atualização monetária, e será deduzido dos dividendos do exercício social a ser encerrado em 31 de março de 2025. Terão direito ao recebimento de JCP os acionistas da posição acionária verificada em 20 de junho de 2024, sendo as ações negociadas “ex” JCP a partir de 21 de junho de 2024.