Lucro líquido da São Martinho recua 55,2% no 2° trimestre (safra 2024/2025)

85

São Paulo, SP – A São Martinho divulgou hoje o balanço do do segundo trimestre, safra 2024/2025 (2T25), com lucro líquido de R$ 187,5 milhões, queda de 55,2% na comparação com o do período de 2T24, e e R$ 293,8 milhões nos primeiros 6 meses da safra (-54%) devido, principalmente, ao término do recebimento das parcelas do Precatório Copersucar (IAA).

O Ebitda Ajustado foi de R$ 943,1 milhões, alta de 44% em relação ao 2T24, com margem EBITDA Ajustado de 48,1%, no trimestre (+5,5 p.p.) e R$ 1.6 bilhão no acumulado da safra (+33% vs. 6M24), com margem de 44,7% no semestre (+2,7 p.p. vs. 6M24). O desempenho no trimestre e no semestre refletem os maiores preços e volumes comercializados, principalmente o incremento de volume de etanol.

A receita líquida da São Martinho somou R$ 1,9 bilhão no 2T25, alta de 27,6% na comparação com o 2T24, decorrente dos maiores preços e volumes comercializados de etanol, potencializado pelo aumento do volume de açúcar vendido, ainda que a preços menores. No 6M24 a receita liquida atingiu R$ 3,6 Bilhões uma expansão de 25,1% em relação a igual período da safra anterior devido à dinâmica de preços e volumes que afetaram o semestre.

A receita líquida da São Martinho somou R$ 1,9 bilhão no 2T25, um aumento de 27,6% vis-à-vis o 2T24, decorrente dos maiores preços e volumes comercializados de etanol, potencializado pelo aumento do volume de açúcar vendido, ainda que a preços menores. No 6M24 a receita liquida atingiu R$ 3,6 milhões uma expansão de 25,1% em relação a igual período da safra anterior devido à dinâmica de preços e volumes que afetaram o semestre.

No primeiro semestre da safra 24/25 a São Martinho processou cerca de 18,0 milhões de toneladas de cana-de açúcar, uma expansão de 2,6% em relação ao mesmo período da safra 23/24, decorrente, principalmente, da maior utilização da capacidade instalada e quantidade de cana de terceiros (+4,8%). As queimadas que atingiram o interior do estado de São Paulo ao longo do trimestre, em especial no final do mês de agosto, com índices históricos de ocorrência, ocasionaram uma aceleração do ritmo de moagem com aumento do processamento diário de matéria prima. Tais queimadas ocasionaram também uma menor disponibilidade de matéria prima para o complemento da safra 24/25 (-1,0%).

Na safra as operações de cana-de-açúcar produziram aproximadamente 1,1 milhões de toneladas de açúcar (-1,9% vs. 6M24) e 813,1 mil metros cúbicos de etanol (+13,1%), consequência da alteração do mix de produto causado pelas queimadas. O processamento de milho adicionou 109,7 mil m3 de etanol (+33,5%) e 70,9 mil toneladas de DDGS (+29,6%), confirmando o atingimento de parâmetros de projeto na operação e performance superior ao mesmo período da safra anterior, impactada pelo ramp-up da fábrica.

A operação combinada de cana-de-açúcar e processamento de milho produziu um total de 2.731,7 mil tons de ATR (+7,1% vs. 6M24), dos quais 2.540,4 mil tons (+5,5%) advindos da moagem de cana-de-açúcar. O ATR médio cresceu 2,8% devido ao clima mais seco no período.

O Resultado Financeiro (Caixa) totalizou uma despesa de R$ 81,7 milhões no 2T25 (+25,9% vs. 2T24) e acumulou uma despesa de R$ 180,3 milhões em 6M25 (+3,5% vs. 6M24), reflexo do aumento da dívida líquida no trimestre e no acumulado da safra. Considerando as rubricas sem-impacto caixa (e Resultados de Negócios Imobiliários), o resultado financeiro totalizou uma despesa de R$ 171,8 milhões (-39,1% vs. 2T24), reflexo, principalmente, da marcação a mercado dos contratos derivativos de dívidas de longo prazo (SWAP) devido a oscilações em CDI.

Em 30 setembro de 2024 a Dívida Líquida da Companhia atingiu R$ 4,7 bilhões, uma expansão de 41,8% frente a 31 de março de 2024. O maior endividamento líquido reflete, principalmente, a alocação de capital no semestre e investimentos em Capex de Expansão. O índice de alavancagem equivalente a 1,35x Dívida Líquida/EBITDA Ajustado LTM ao final do 2T25.

GUIDANCE

A companhia revisou as estimativas de volumes de matéria-prima disponíveis para processamento e as projeções de produção para a safra 24/25. Nas operações de cana-de açúcar estima-se um total de 3.163,1 mil toneladas de ATR Produzido para a safra 2024/25 (em linha com o Guidance inicial), efeito da moagem de 22,2 milhões de toneladas de cana (redução de 1,0% em relação ao Guidance inicial), e um ATR médio de 142,7 Kg/ton (1,3% acima do Guidance inicial).

O mix de produção passa a ser mais alcooleiro com a expectativa de destinação de 44% dos açúcares totais recuperáveis à produção de açúcar (-8,0 p.p. em relação ao Guidance
inicial). As novas estimativas refletem o impacto dos incêndios ocorridos entre os dias 22 e 25 de agosto de 2024 na disponibilidade de matéria prima e conversão industrial de ATR em açúcar, e o baixo volume de chuvas e consequente déficit hídrico ao longo da safra, com efeito no maior ATR médio previsto para safra 2024/25.

Para a safra 2024/25 é esperado que a planta de etanol de milho processe 500,0 mil tons de milho (aumento de 1% vs. Guidance inicial) produzindo aproximadamente 210,2 mil m3 de etanol (aumento de 5,1% em relação ao Guidance inicial), 134,2 mil tons de DDGS (em linha com o Guidance anterior) e 7,5 mil toneladas de óleo de milho (redução de 11,8% vs. o Guidance original). A revisão de expectativas decorre da estabilização operacional da planta de etanol milho em plena capacidade de moagem, e maior eficiência industrial na conversão de milho em etanol.