Lucro líquido da Taesa cresce 81,9% no 2° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Taesa divulgou na noite de ontem (12) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido IFRS de R$ 403 milhões, alta de 81,9% em comparação
ao mesmo período de 2023 (2T23). No primeiro semestre de 2024, o lucro líquido IFRS fechou em R$ 777,8 milhões, 28,6% maior que o mesmo período de 2022.

Já o lucro líquido regulatório somou R$ 294 milhões, apresentando um aumento anual de 22,9% em comparação com o mesmo período de 2023 (2T23). Na comparação semestral, o Lucro Líquido Regulatório cresceu 8,1%, fechando o primeiro semestre de 2024 em R$ 483,5 milhões. Segundo a companhia, o resultado é reflexo da melhora nos custos operacionais, resultado financeiro e imposto de renda e contribuição social. “Vale destacar a eficiência tributária gerada pela distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) e incorporações das empresas ATE III SantAna, Saíra e Miracema”, destacou o relatório da empresa.

No 2T24, o Ebitda IFRS totalizou R$ 520 milhões com margem Ebitda de 57,1%. O aumento de 31% do Ebitda IFRS na comparação com 2T23 é explicado basicamente por: (i) recuperação do IGP-M entre períodos (+0,73% no 2T24 vs. -2,73% no 2T23), que afetaram positivamente as receitas de correção monetária; (ii) aumento da margem de implementação de infraestrutura, seguindo os maiores investimentos nos empreendimentos de Ananaí, Pitiguari, Tangará, Saíra (2 fase) e reforços da Novatrans e TSN; e (iii) início operacional das fases finais de SantAna. Estes efeitos foram compensados em parte pela maior Parcela Variável.

O Ebitda regulatório do 2T24 atingiu R$ 485,2 milhões 7,8% menor que o registrado no 2T23, e a margem EBITDA atingiu 83,7% (-0,6pp versus 2T23). O desempenho no EBITDA e margem Ebitda é explicado por (i) reajuste negativo pelo IGP-M para o ciclo 2023-2024 da RAP (-4,5%) nos contratos de categoria 2, (ii) aumento da Parcela Variável em função principalmente da reversão de PV na ATE, contabilizada no 2T23, decorrente de evento climático severo cuja cobrança foi suspensa através de liminar, e (iii) redução de 50% da RAP da concessão ATE III última concessão a sofrer este impacto. Estes efeitos foram compensados parcialmente pela redução nos custos operacionais no trimestre, entrada em operação total de SantAna, e o reajuste inflacionário do IPCA do mesmo ciclo (+3,9%) nos contratos de categoria 3. Desconsiderando os efeitos não-recorrentes dos trimestres comparados e o evento de PV, o EBITDA ficaria em R$ 486,6 MM, 5,1% menor que o EBITDA ajustado do 2T23 (R$ 512,5 milhões) e a margem EBITDA seria de 83,9%, em linha com a margem EBITDA ajustada do mesmo período de 2023.

A receita líquida IFRS do 2T24 foi de R$ 911 milhões, 33,5% maior que o 2T23, em função
principalmente dos maiores investimentos realizados em Ananaí, Pitiguari, Tangará, Saíra (2 fase), e reforços da Novatrans e TSN, e do crescimento da receita de correção monetária, motivada majoritariamente pela recuperação do IGP-M entre os períodos comparados, além do início operacional das fases finais de SantAna. Estes efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento da Parcela Variável, que foi impactada pela reversão contabilizada no 2T23. A Receita Líquida IFRS do primeiro semestre de 2024
foi de R$ 1,640 bilhão 19,6% maior que o registrado no mesmo período de 2023.

A receita líquida regulatória no 2T24 alcançou R$ 579,7 milhões, 7,2% menor que o registrado no 2T23, explicada principalmente pelo reajuste negativo do IGP-M no ciclo RAP 2023-2024 para as concessões de categoria 2, queda de 50% da RAP da ATE III e maior Parcela Variável. Estes efeitos foram compensados em parte pela entrada em operação de fases finais de SantAna, e reajuste inflacionário do IPCA no ciclo 2023-2024 da RAP das concessões de categoria 3. A Receita Líquida Regulatória no primeiro semestre de 2024 somou R$ 1,155 bilhão, apresentando uma queda anual de 4,8%.

A Taesa apresentou, no primeiro semestre de 2024, um índice disponibilidade de 99,38%, que apresenta o desempenho consolidado da Companhia, sem considerar ETAU, AIE e TBE. O Indice de Disponibilidade é uma medida de tempo, sendo estritamente um indicador operacional. O cálculo consiste em: número de horas que a linha fica disponível, dividido pelo número de horas contidas em 1 ano (8.760 horas), medido por trechos de 100km.

A PV contabilizada no primeiro semestre de 2024 foi de R$ 26,7 MM, equivalente a 2,04% da RAP do mesmo período. Os principais eventos que impactaram a Parcela Variável do período foram os seguintes: (i) Janaúba: provisões pelo desligamento intempestivo, ocorrido em janeiro de 2024, com religamento automático sem sucesso, da LT 500 kV Bom Jesus da Lapa 2 / Janaúba 3, provocado pela falha de um dos componentes de sustentação dos cabos em uma das torres da LT e desligamentos programados para a manutenção corretiva e preventiva relacionadas a ocorrência acima, somando um valor total de R$ 13,4 MM; (ii) SantAna: provisão de PV referente ao desligamento automático da LT 230 kV Santa Maria 3 / Livramento 3 C1, ocorrido em janeiro de 2024; e (iii) Novatrans: provisão
referente ao desligamento automático do banco de capacitores da SE Gurupi, ocorrido em março de 2024.

A companhia tem atualmente quatro empreendimentos em construção com um investimento total ANEEL de R$ 4,3 bilhões e uma RAP de R$ 486,3 MM (ciclo RAP 2024-2025) uma parte dessa RAP já em operação (Saíra) e reforços relevantes nas concessões Novatrans, TSN, São Pedro, ATE e ATE III com um Capex total ANEEL de R$ 531,4 milhões e uma RAP de R$ 89 milhões (já adicionada de PIS/COFINS).

ENDIVIDAMENTO

No 2T24, a Dívida Bruta da Companhia totalizou R$ 10,220 bilhões, 3,3% maior que o trimestre anterior. o caixa da Companhia ficou em R$ 1,095 bilhão, registrando um aumento de 0,3% no trimestre e resultando em uma dívida líquida de R$ 9,124 bilhões, 3,6% maior que o primeiro trimestre de 2024. No 2T24 a dívida bruta totalizou R$ 10,2 bilhões e o caixa R$ 1,095 bilhão, resultando em uma dívida líquida de R$ 9,124 bilhões, um aumento de 3,6% em relação ao trimestre anterior.

DIVIDENDOS

A Taesa informou que seu conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 223,2 milhões a título de dividendos intercalares e juros sobre capital próprio (JCP), com base no lucro distribuível apurado no primeiro semestre de 2024.

O valor dos dividendos intercalares por Unit TAEE11 é R$ 0,30502950951. O valor dos JCP por Unit TAEE11 é R$ 0,34309455648.

O pagamento dos proventos ocorrerá no dia 27 de novembro de 2024, com base na posição acionária do dia 15 de agosto de 2024. A partir do dia 16 de agosto de 2024, as ações e units passarão a ser negociadas ex-proventos na B3.