São Paulo, SP – A Taesa divulgou ontem o balanço do quarto trimestre de 2022, com lucro líquido de R$ 22,8 milhões, queda de 94,6% em comparação ao mesmo período de 2021. No ano de 2022, o lucro líquido fechou em R$ 1,44 bilhão, 34,5% menor em comparação a 2022. Em termos regulatórios, o lucro chegou a R$ 386,7 milhões, alta de 266% na comparação anual. No ano de 2022, o lucro líquido regulatório fechou em R$ 1,04 bilhão, avanço de 102,7% em relação a 2021.
O Ebitda regulatório totalizou R$ 464,7 milhões, alta de 4% em relação ao último trimestre de 2021. A margem Ebitdaq ficou em 83,3% no trimestre, alta de 2,1 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2021 da RAP, efeitos compensados em parte pela queda da RAP de algumas concessões. Receita Líquida Regulatória em 2022 somou R$ 2,22 bilhões apresentando um aumento anual de 21,3%.
A receita líquida regulatório foi de R$ 558,1 milhões, avanço de 1,3% na comparação ao mesmo período de 2021, explicado pela entrada em operação de Janaúba e parcial de SantAna e pelo reajuste inflacionário do ciclo da RAP 2022-2023.
A dívida bruta no quarto trimestre de 2022 foi de R$ 8,19 bilhões, uma redução de 3,6% na comparação ao terceiro trimestre de 2022. O caixa ficou em R$ 1,09 bilhão, redução de 30,5% em relação ao terceiro trimestre de 2022, resultando em uma dívida líquida de R$ 7,10 bilhões.
A relação da dívida líquida/Ebitda, consolidando proporcionalmente as empresas controladas em conjunto e coligadas, ficou em 3,65x, abaixo do 3,71x registrado no terceiro trimestre de 2022.
O índice disponibilidade chegou a 99,95%. O índice é uma medida de tempo, sendo estritamente um indicador operacional. O cálculo consiste em: número de horas que a linha fica disponível, dividido pelo número de horas contidas em 1 ano (8.760 horas), medido por trechos de 100 km.
A companhia explicou em seu relatório que a Aneel publicou a Resolução Homologatória 3.067/2022 que estabeleceu as Receitas Anuais Permitidas (RAP) das concessões de transmissão para o ciclo 2022-2023, passando a valer a partir de 1o de julho de 2022 até 30 de junho de 2023, afetando, portanto, o resultado da Taesa somente a partir do terceiro trimestre de 2022.
“As concessões ajustadas pelo IGP-M (Categoria II) sofreram um reajuste inflacionário de 10,72%, e as concessões ajustadas pelo IPCA (Categoria III) sofreram um reajuste inflacionário de 11,73%. Considerando as concessões controladas, investidas em conjunto e coligadas, a RAP total1 (operacional e em construção) da Taesa para o ciclo 2022-2023 é de R$ 4,10 bilhões, sendo 44,7% no nível da holding. A RAP operacional da Taesa para o ciclo 2022-2023 ficou em R$ 3,52 bilhões, contra R$ 2,98 bilhões para o ciclo 2021-2022, considerando a entrada em operação de ESTE em fevereiro, parcial de SantAna em abril e dezembro, Aimorés em maio, Paraguaçu em julho e parcial de Ivaí em novembro e dezembro de 2022”, detalhou o balanço.
Em 2022, a companhia, suas controladas, investidas em conjunto e coligadas investiram o total de R$ 519 milhões contra R$ 975,9 milhões investidos em 2021, referentes aos empreendimentos em construção. A redução de 46,8% entre os períodos comparados se deve aos menores investimentos nos projetos de Ivaí, Janaúba, SantAna e ESTE, principalmente em função do estágio avançado da construção destes empreendimentos, alguns deles já concluídos, compensado em parte por maiores investimentos em Ananaí, Paraguaçu e Aimorés.
A companhia possui atualmente seis empreendimentos em construção com um investimento total Aneel de R$ 6,83 bilhões e uma RAP de R$ 924,1 milhões (ciclo RAP 2022-2023) e reforços relevantes na concessão Novatrans com um investimento total Aneel de R$ 262,6 milhões e uma RAP de R$ 45 milhões (ciclo RAP 2022-2023). Considerando apenas a participação da Taesa nessas concessões, o investimento Aneel é de R$ 6,12 bilhões com uma RAP proporcional de R$ 769,9 milhões.