Lucro líquido da TIM cresce 104% no segundo trimestre, a R$ 638 milhões

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São Paulo, SP – A TIM divulgou ontem (31) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 638 milhões, alta de 104% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) normalizado foi de R$ 2,914 bilhões, crescimento de 17,2% em relação ao segundo trimestre de 2022.

A margem Ebitda normalizada cresceu 3,4 pontos percentuais, para 49,7%. No primeiro semestre, o Ebitda normalizado cresceu 19,9% na comparação anual, com uma Margem de 47,9%, alta de 2,2 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre de 2022.

Segundo a companhia, o resultado é reflexo do bom desempenho da receita de serviços, junto a um melhor controle de custos e redução da carga de despesas, especialmente com o encerramento do TSA.

A receita líquida fechou em R$ 5,863 bilhões, alta de 9,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita de serviços foi de R$ 5,695 bilhões, alta de 9,5% em relação ao mesmo trimestre de 2023.

Os custos e despesas operacionais normalizados somaram R$ 2,949 bilhões, avanço de 2,3% em relação ao mesmo período de 2022. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 426 milhões, queda de 3% em comparação ao mesmo período do ano passado.

“O resultado foi positivamente impactado por um menor efeito de atualização monetária referente ao leilão de frequências do 5G (realizado em 2021), uma vez que houve queda no IGP-DI durante o período e pelo fato de a maior parte das obrigações com entidades (EAF e
EACE) terem sido pagas durante o ano de 2022; e por uma reversão na marcação-a- mercado de derivativos; parcialmente compensados por uma redução dos juros capitalizados de licenças, refletindo o avanço da cobertura do 3.5GHz. No primeiro semestre de 2023, a linha apresentou redução de 5,5% na comparação anual”, destacou a companhia.

O Capex totalizou R$ 926 milhões, uma redução de 11,8% na comparação anual, explicada principalmente por uma redução dos investimentos alocados em “Rede”, uma vez que em 2022 a companhia aumentou seus investimentos a fim de preparar sua infraestrutura para a migração dos novos clientes vindos da Oi e pelos primeiros benefícios gerados a partir da transferência do tráfego da rede 4G para 5G. Com isso, o indicador Capex sobre a Receita Líquida Normalizada atingiu 15,8%, um recuo de 3,8 p.p. em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. Nos primeiro semestre de 2023, o Capex recuou 6,9% na comparação anual.

A dívida líquida da companhia é de R$ 15,339 bilhões, acima dos R$ 15,094 bilhões registrados no primeiro trimestre de 2023. A Dívida Total (pós-hedge) totalizou R$ 18.678
milhões, representando um crescimento de R$ 503 milhões em relação ao segundo trimestre de 2022, devido, principalmente, aos novos arrendamentos com os contratos provenientes da Oi, que totalizaram R$ 2,872 bilhões ao final de junho.

O indicador de alavancagem financeira (dívida líquida/Ebitda ajustado), ficou em 1,4 vez em junho de 2023, o mesmo patamar atingido nos dois últimos trimestres.