Lucro líquido da Vamos recua 22,8% no 3° trimestre

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São Paulo, SP – A Vamos divulgou ontem (31) o balanço do terceiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 115,8 milhões, queda de 22,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o resultado foi afetado, principalmente, pelo efeito de maior despesa financeira decorrente do aumento de estoque temporário (não recorrente) e
volatilidade atípica nas concessionárias, já sinalizando aumento de quase 9% em relação ao lucro líquido gerado no segundo trimestre de 2023.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado foi de R$ 682,7 milhões, alta de 23,2% na comparação anual, com alta de 8,5 ponto percentual na margem Ebitda, que alcançou 49,4%. O setor de locação foi o principal gerador de Ebitda com uma margem de 90,3% no terceiro trimestre de 2023, 0,1 ponto
percentual acima na comparação com o mesmo período do ano passado.

A receita líquida consolidada teve aumento de 7,5% quando comparada ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 1,48 bilhão, com crescimento no volume de venda de ativos, e leve redução na receita líquida de serviços, reflexo da performance de concessionárias do trimestre, conforme comentamos anteriormente. No período acumulado, a receita líquida somou R$ 4,63 bilhões, representando aumento de 31,5% em relação aos nove primeiros meses de 2022, efeito do crescimento na receita de venda de ativos (R$ 617,4 milhões), assim como na receita líquida de serviços que somou R$ 4,01 bilhões, aumento de 20,6%.

A companhia tem atualmente uma frota total de 45.161, sendo 35.062 caminhões e
implementos e 10.099 máquinas e equipamentos, representando um mix de frota de 78%/22%, respectivamente. Esse total representa crescimento de frota de 17,1% em relação aos ativos no encerramento do terceiro trimestre de 2022 (38.561).

O Capex Contratado totalizou R$ 1,261 bilhão em contratos de locação de longo prazo, no terceiro trimestre de 2023. Para o período acumulado do ano, o capex contratado somou R$ 4,362 bilhões, 4,1% inferior ao volume contratado de janeiro a setembro de 2022.

A receita futura contratada (backlog) atingiu R$16,8 bilhões, alta de 33,6% em relação ao mesmo período de 2022, e crescimento de 3,7% em relação ao segundo trimestre de 2023.

O Resultado Financeiro Líquido totalizou R$ 431,4 milhões. O aumento da despesa financeira líquida é derivada do aumento da dívida da Companhia entre os períodos, considerando o investimento em capex realizado (euro V), assim como maior capital de giro empregado (não recorrente) nas concessionárias em função do forte represamento de vendas. Daremos continuidade na trajetória de redução da alavancagem e acreditamos ter oportunidade de redução do capital de giro superior a R$ 1 bilhão até o primeiro trimestre de 2024.

No terceiro trimestre de 2023, o ROIC 3T23 UDM resultou em 18,7%, com ampliação do ROIC Spread, resultado da trajetória de crescimento consistente da locação, que impulsiona 7x EBIT vs 2019, somado à queda de juros, refletindo disciplina na execução da
companhia, com consistência no lucro operacional em ambiente econômico mais restritivo.

O ROE dos últimos doze meses findos em setembro 2023 atingiu 15,1% e considera,
além do efeito da operação de follow-on realizada, o efeito da subvenção fiscal do ICMS para fins da base de cálculo do Imposto do Renda de 2022, do 1T23, do 2T23 e do 3T23 (aproximadamente R$ 56,9 milhões, R$ 18,8 milhões, R$ 6,5 milhões e R$ 5,2 milhões respectivamente) sob a ótica do lucro líquido dos últimos doze meses, para fins de melhor comparabilidade com os próximos
trimestres.

Em setembro de 2023, a dívida líquida encerrou em R$ 8,721 bilhões com alavancagem de 3,28x (dívida líquida/EBITDA). A posição de caixa e aplicações financeiras fechou o terceiro trimestre com R$ 1,677 bilhão, suficiente para cobrir a dívida até meados de 2025, além da disposição de R$ 1,365 bilhão em linhas compromissadas não sacadas.

O prazo médio da dívida líquida atingiu 5,2 anos com custo de 10,3% em setembro de 2023 (líquido de impostos). No fechamento do trimestre encerramos com o valor de R$98,7 milhões de hedge para flutuação da curva de juros com cap médio de 11,45% para o CDI, além de R$1,8 bilhão referentes a outras operações com taxa pré-fixada.