Lucro líquido da Vibra soma R$ 133 milhões, queda de 81,2% no segundo trimestre

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São Paulo – A Vibra Energia registrou lucro líquido de R$ 133 milhões no segundo trimestre de 2023, queda de 81,2% na comparação anual. Na comparação trimestre, houve um aumento de R$ 52 milhões comparado com o 1T23 (R$ 81 milhões), que se deu, principalmente, pelo maior ebitda no período, compensado, parcialmente, pelos menores resultados financeiros.

A receita líquida ajustada foi de R$ 37,6 bilhões no período, 21% menor que o visto no mesmo intervalo do ano anterior.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado diminuiu 43,1% no trimestre e somou R$ 910 milhões (R$ 101/m). Na comparação trimestral, houve um aumento de R$ 222 milhões, retornando a companhia para um patamar de Ebtida ajustado acima de R$ 100/m3.

Tal resultado foi influenciado, principalmente, por maiores margens médias de comercialização no período e uma forte gestão em eficiência das despesas operacionais. “Vale destacar os ganhos extraordinários do período como vendas de imóveis (R$ 58 milhões) e uma recuperação tributária (ICMS) de cerca de R$ 120 milhões. Excluindo os resultados extraordinários do período e as perdas de estoque e hedge, a companhia está operando com uma margem em patamares de cerca de R$ 130/m3”, explicou a Vibra, em seu relatório.

O volume de vendas foi de 9 milhões de metros cúbicos (m/3) no trimestre, número 2,0% inferior que o visto em igual período do ano passado.

Ao final do semestre, a dívida líquida da Vibra era de R$ 12,2 bilhões, valor 16% menor que o mesmo período de 2022. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda ajustado, era de 3 vezes, maior que 2,8 vezes na comparação anual.

Em seu balanço do 2T23, a companhia disse que o intervalo apresentou um cenário bastante desafiador, pois houve intensificação da entrada de Diesel de origem Russa, praticamente substituindo essa molécula originada no golfo americano, principal origem de produto importado no mercado brasileiro, devido ao forte desconto de preço do produto Russo. “O volume de diesel importado no Brasil no trimestre foi de cerca de 3,5 milhões de m3, onde o produto Russo representou cerca de 55%. A Vibra optou por não importar o produto ao longo do trimestre, pois focamos em reforçar nosso posicionamento de sourcing na molécula nacional e, com isso, priorizamos nossa rede embandeirada, nossos clientes contratados e operações que melhoram a rentabilidade da companhia”, explicou.

“Dessa forma, tivemos uma redução em nossos volumes totais de -3,2% na comparação trimestral , ciclo otto (-4,1%), Coque (-38,6%), óleo combustível (-4,4%) e diesel (-1,4%), sendo compensado parcialmente pelas vendas de lubrificantes (+3,0%). Já na comparação anual, a redução foi de 2,0% nos volumes vendidos, principalmente, pelas menores vendas de Coque (-41,6%), demais produtos (-19,4%), etanol (-11,2%) e diesel (-6,6%) compensado parcialmente pelas maiores vendas de lubrificantes (+5,0%) e de gasolina (+12,0%), responsável pelo crescimento de vendas no ciclo otto (+5,9%).”