Lucro líquido da Vibra soma R$ 707 milhões, alta de 85,1% no segundo trimestre

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São Paulo – A Vibra registrou lucro líquido de R$ 707 milhões no segundo trimestre de 2022, alta de 85,1% na comparação anual.

A receita líquida foi de R$ 47,1 bilhões no período, 62,5% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 58,3% no trimestre e somou R$ 1,6 bilhão, com margem ebitda ajustada de R$ 175 por metro cúbico, sendo estes os maiores Ebitda ajustado e margem Ebitda ajustada já obtidos pela companhia, sendo R$ 124/m o resultado normalizado pelo efeito estoque (+R$ 82/m), hedge de commodities (-R$ 30/m), resultados não recorrentes em participações e gastos com M&A (-R$ 4/m) e recuperações tributárias (R$ 3/m).

O volume de vendas foi de 9,2 bilhões de metros cúbicos (m/3) no trimestre, número 4% superior que o visto em igual período do ano passado, principalmente em razão das maiores vendas de combustível de aviação (+68,1%), de diesel (+5,4%) e de ciclo Otto (+3,3%) no ciclo otto, parcialmente compensadas pelas menores vendas de coque de -44,8% e de óleo combustível de -39,1%.

Na comparação trimestral, o volume de vendas aumentou 2,5%, reflexo das maiores vendas de diesel (+6,2%), de ciclo Otto (+1,2%) e de óleo combustível (+2,1%), parcialmente compensadas pelas menores vendas de coque -37,9% e combustível de aviação -2,6%. Estas variações são reflexo do retorno da mobilidade e da atividade econômica, com a curva de volume voltando para a normalidade ao longo do trimestre, destacando a contribuição do diesel no período em que pese os altos preços do produto no mercado internacional.

Ao final do trimestre, a dívida líquida da BR era de R$ 13,2 bilhões, valor 30,2% maior que o trimestre anterior, em virtude do pagamento da aquisição das ações da Comerc, e aumento danecessidade de capital de giro devido, principalmente, ao aumento dos custos das moléculas. Alavancagem de 2,4 vezes ao final do período.

“Entendemos importante destacar a forte contribuição neste trimestre da alta de preços do petróleo, aliada sobretudo a um aumento histórico dos crack spreads (margens de refino) do diesel. Esta mudança repentina de nível de preços provocou efeitos não recorrentes para os resultados da Companhia neste 2T22”, disse a administração da Vibra, em release de resultados.

A companhia destacou que a influência positiva na valorização de estoques foi parcialmente compensada pelas despesas de hedge de operações de importação iniciadas no 1T22 mas cujo impacto no Ebitda foi considerado neste trimestre, quando da efetiva comercialização das cargas importadas em questão. “Esses efeitos não recorrentes relacionados à alta de preços alcançaram R$ 52/m, considerados de forma combinada”, explicou.