Lucro líquido do Banco do Brasil cresce 6,6% no 4° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – O Banco do Brasil registrou um lucro líquido ajustado de R$ 37,9 bilhões em 2024, um aumento de 6,6% em relação a 2023, com um retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) de 21,4 %. No quatro trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 9,6 bilhões, 0,7% acima do terceiro trimestre de 2024 e 1,5% superior ao resultado do quarto trimestre de 2023.

O desempenho anual foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento da margem financeira bruta (+11,2%), das receitas de prestação de serviços (+4,9%) e pelo controle das despesas administrativas (+4,4%), que se manteve abaixo da inflação.

Carteira de Crédito

A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias,
registrou saldo de R$ 1,3 trilhão em dezembro de 2024, com evolução de 15,3% na comparação em 12 meses e 6,1% na comparação com setembro de 2024. O indicador de inadimplência acima de 90 dias encerrou dezembro/24 em 3,32%, influenciado, principalmente, pela elevação observada no segmento agro. Com isso, a despesa com PCLD ampliada acumulada em 2024 teve aumento de 16,9% na comparação com o ano anterior.

Carteira Ampliada Pessoa Física

Incremento de 2,4% no trimestre e 7,3% em 12 meses, alcançando R$ 336,0 bilhões. Destaque para a carteira de crédito consignado, que avançou 1,1% no trimestre e 9,8% nos últimos 12 meses.

Carteira Ampliada Pessoa Jurídica

Apresentou crescimento de 9,4% no trimestre e 18,0% em comparação a dezembro/23, atingindo R$ 461,1 bilhões. Destaca-se, no trimestre, o crescimento em operações de recebíveis (+36,0%), investimento (+6,2%) e capital de giro (+3,3%). Na comparação anual, destaque para as linhas de investimento (+25,9%), ACC/ACE (+18,6%) e capital de giro (+4,2%).

Carteira Ampliada Agronegócios

Atingiu saldo de R$ 397,7 bilhões em dezembro/2024, crescimento de 2,9% no trimestre e 11,9% no ano. Na comparação com o trimestre anterior, destaque para os desempenhos de custeio (+5,2%), investimento (+3,1%) e Pronaf (+2,9%). Na comparação em 12 meses, destaque para as operações de custeio (+18,6%), investimento (+12,7%) e Pronaf (+9,0%).

Carteira de Crédito Sustentável

Em dezembro de 2024, o BB alcançou R$ 386,7 bilhões em operações de crédito sustentável, o que significa um aumento de 12,7 % em 12 meses. As linhas de boas práticas socioambientais representam 28,7% desse total, com destaque para as operações de investimentos, com R$ 49,6 bilhões de saldo.

Dinâmica de Receitas e Despesas

As receitas de prestação de serviços cresceram 4,9% no acumulado 2024, quando comparadas ao mesmo período do ano passado, com destaque para: consórcios (+17,4%), rendas do mercado de capitais (+16,7%), administração de fundos (+11,6%) e seguros, previdência e capitalização (+10,4%).

Já as despesas administrativas se elevaram em 4,4% no mesmo período, abaixo do intervalo das Projeções corporativas e da inflação acumulada no período. Esse resultado reflete o compromisso do Banco do Brasil com o controle das despesas sem prejudicar os nossos investimentos em tecnologia e inovação.

O Indice de Eficiência acumulado em 12 meses foi de 25,6%, refletindo a consistência na geração de receitas e o controle das despesas.

Projeções Corporativas

Seguem a performance do Banco do Brasil em 2024 e as projeções corporativas para 2025:

O lucro líquido ajustado de 2025 deve ficar entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões. A carteira de crédito deve crescer entre 5,5% e 9,5%, sendo que para a carteira PF a projeção é
de um intervalo entre 7% e 11%; para Empresas, entre 4% e 8%; e Agronegócios, entre 5% e 9%. A Carteira Sustentável deve ampliar entre 7% e 11%. A margem financeira bruta deve alcançar entre R$ 111 bilhões e 115 bilhões. A perda esperada deve ficar entre R$ 38 e R$ 42 bilhões. A receita de prestação de serviços entre R$ 34,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões As despesas administrativas entre R$ 38,5 bilhões e R$ 40 bilhões.

DIVIDENDOS

A companhia informou ainda que aprovou a distribuição de R$ 776.292.602,67 a título de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e R$ 1.955.503.564,80 sob a forma
de Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao quarto trimestre de 2024, totalizando uma distribuição de cerca de R$ 2,7 bilhões.

Os valores por ação atualizados até a data de hoje (19/2), são de R$ 0,13825326102 para os dividendos e 0,34826397140 para os JCP complementares.

Os valores pagos serão atualizados, pela taxa Selic, da data do balanço (31/12/2024) até a data do pagamento (20/03/2025) e terão como base a posição acionária de 11/03/2025. As ações serão negociadas a ex a partir de 12/03/2025.

Payout 2025

O Conselho de Administração do Banco do Brasil aprovou o intervalo do payout entre 40% e 45% para o exercício de 2025, via juros sobre o capital próprio (JCP) e/ou dividendos, a ser estabelecido pela Administração, com base nos balizadores constantes na Política, em especial, os resultados do Banco, sua condição financeira, a necessidade de caixa, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, suas metas e projeções de capital, perspectivas dos mercados de atuação presentes e potenciais, oportunidades de investimento existentes e a manutenção e expansão da capacidade operacional.

O BB remunerará os acionistas em oito fluxos, sendo quatro pagamentos realizados ao longo dos trimestres de referência, de forma antecipada, e outros quatro pagamentos complementares, efetivados após o encerramento dos trimestres de referência.