Lucro líquido recorrente da B3 cresce 13,6% no 4° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A B3 divulgou na noite de ontem o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão, alta de 13,6% em relação ao mesmo
período de 2023 (4T23). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente da companhia foi de R$ 1,59 bilhão, alta de 9,5% em relação ao ao último trimestre de 2023. Já a margem Ebitda foi de 67,2%, alta de 2,1 pontos percentuais em comparação ao 4T23.

A receita total atingiu R$ 2,66 bilhões, alta de 7% em relação ao 4T23, com crescimento em todos os segmentos da companhia, exceto Infraestrutura para Financiamento, impactado pelas receitas do programa Desenrola no 4T23. Em relação ao 3T24, houve queda de 1,6%, explicado principalmente por 5 dias de negociação a menos no 4T24.

No quarto trimestre, o segmento Listado gerou receita de R$ 1,5 bilhão (56,3% do total), o que representa uma alta de 5,9% em relação ao mesmo período de 2023. Já o O segmento de Balcão obteve receita de R$436,3 milhões (16,4% do total), alta de 9,4%. O segmento de Infraestrutura para Financiamento obteve receita de R$ 132,4 milhões (5,0% do total), queda de 13,5%, explicada pelo término do programa Desenrola em maio de 2024.

O resultado financeiro foi negativo em R$2,1 milhões no 4T24. As receitas financeiras atingiram R$388,8 milhões, queda de 2,5%, explicada por um CDI médio e saldo de caixa menores no período. Segundo a companhia, o resultado financeiro também foi impactado pelos efeitos da variação cambial sobre os empréstimos em moeda estrangeira e sobre os investimentos no exterior que a Companhia possui, sendo este impacto neutralizado pela variação na linha de imposto de renda e contribuição social (estrutura de hedge). A tabela abaixo isola esses efeitos, tanto do resultado financeiro quanto do imposto de renda e contribuição social.

Em derivativos listados, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 6,1 milhões de
contratos, em linha com o 4T23. Vale ressaltar o contínuo crescimento dos volumes do Futuro de Bitcoin, que fechou o trimestre com um ADV de 206 mil contratos e contribuição de R$42,8 milhões em receitas, resultado da estratégia da Companhia de estar constantemente atualizando seu portfólio de produtos e soluções para o mercado.

Com o ambiente ainda favorável para o segmento de Balcão, as emissões de instrumentos de renda fixa cresceram 13,8% em relação ao 4T23, enquanto o estoque avançou 23,9%. Ainda no estoque, destaca-se o aumento de 16,2% de dívidas corporativas, reflexo do crescimento do mercado local. No Tesouro Direto, o número de investidores e o estoque avançaram 15,5% e 13,0%, respectivamente, em relação ao 4T23.

O mercado à vista de ações fechou o trimestre com um volume financeiro médio diário negociado (ADTV) de R$25,6 bilhões, alta de 5,5% em relação ao 4T23. Em relação ao 4T23, destacam-se os crescimentos de 39,1% em ETFs, 91,5% em BDRs e 43,1% em Fundos Listados, resultado dos esforços da Companhia em fortalecer o seu core business por meio do contínuo lançamento de produtos.

Na Unidade de Infraestrutura para Financiamento, excluindo o programa Desenrola, a receita do segmento teria crescido 11,7%, principalmente devido ao crescimento de 14,9% no número de veículos financiados. Já a receita do segmento de Tecnologia, Dados e Serviços apresentou alta de 9,7%, impulsionado pelo crescimento de 7,0% de usuários da plataforma de Balcão e de 4,7% nas receitas com Dados e Analytics.

O volume de opções sobre ações e índices apresentou queda de 2,2% no trimestre. Nos contratos futuros de índices, a queda de 5,6% no número médio de contratos negociados é explicada pelo menor volume dos Futuros de Ibovespa. A receita por contrato (RPC) média dos futuros de índice cresceu 2,6%, com a redução dos descontos previstos na tarifação em função do menor volume.

O número médio de investidores apresentou crescimento de 6,6%, resultado da contínua busca dos investidores individuais por diversificação de portfólio e maior oferta de produtos por parte da B3. A participação média dos investidores individuais no volume negociado de BDRs foi de 24% (vs. 17% no 4T23), frente a uma leve queda na participação no volume negociado de ações, que fechou o trimestre em 11% (vs. 12% no 4T23).

O volume de novas emissões de instrumentos de captação bancária cresceu 10,9% e 7,3% nas comparações com o 4T23 e 3T24, respectivamente, principalmente em função do crescimento nas emissões de CDBs, que representaram 76,7% das emissões de instrumentos de captação bancária no período, do crescimento de 16,9% de RDB e de 14,2% de LCA.