Lucro líquido recorrente da Caixa cresce 15,5% em 2023

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São Paulo, SP – A Caixa Econômica Federal anunciou o seu resultado consolidado do quarto trimestre e do ano de 2023 (4T23). .Entre outubro e dezembro, o lucro líquido contábil de R$ 4,0 bilhões, sendo 82,7% maior que o 4T22. No ano, o Lucro Líquido contábil foi de R$ 11,7 bilhões em 2023, sendo 20,0% maior que 2022.

O lucro líquido recorrente da CAIXA foi de R$ 2,9 bilhões no 4T23, aumento de 40,5% em relação ao 4T22. Em 2023, o lucro alcançou R$ 10,6 bilhões, 15,5% maior do que o alcançado em 2022.

A margem financeira alcançou R$ 17,5 bilhões no 4T23, crescimento de 17,1% quando comparado ao 4T22. O crescimento em 12 meses foi decorrente dos aumentos de 3,4% nas receitas com operações de crédito e 10,2% em resultado de aplicações interfinanceiras de liquidez.

Foi registrado saldo de captações totais da CAIXA de R$ 1,485 tri no final de 2023, crescimento de 21,4% em comparação com o final de 2022. Os principais propulsores foram: letras, depósitos a prazo e depósitos a vista, que, no mesmo período de comparação, cresceram, respectivamente, 97,2%, 51,8%, 14,2%, compensando a redução de 0,7% na poupança. A relação entre captações totais e a carteira de crédito corresponde a 132,6%.

No final de 2023, a carteira de crédito atingiu o saldo de R$ 1,120 tri, crescimento de 10,6% em comparação ao final de 2022, sendo o aumento influenciado por elevação de 14,6% em crédito imobiliário, 1,2% em saneamento e infraestrutura, 27,3% em agronegócio e 3,8% em crédito em crédito pessoa jurídica, especialmente nos segmentos de micro e pequenas empresas.

As Receitas de Prestação de Serviços (RPS) alcançaram o valor de R$ 6,7 bilhões no 4T23, alta de 3,9% em relação ao 4T22. Destaque para o aumento de 13,7% em receitas de serviços decorrentes de crédito, 22,4% com seguros, 4,2% em serviços de conta corrente e tarifas bancárias, 6,8% em cartões e 0,7% em serviços de Governo. Na totalização anual, a RPS atingiu R$ 25,8 bilhões, crescimento de 2,8% em 12 meses.

As despesas administrativas (despesas de pessoal e outras despesas administrativas) totalizaram R$ 11,5 bilhões no 4T23, aumento de 7,4% em relação ao 4T22. As despesas de pessoal apresentaram crescimento de 10,0% em comparação ao 4T22, e outras despesas administrativas aumentaram 2,6% na mesma comparação.

RECORDE DE CONTRATAÇÕES NO CRÉDITO

Houve recorde na concessão total de crédito no acumulado de 2023, alcançando R$ 544,3 bilhões, 6,8% superior ao ano de 2022. No 4T23 houve crescimento de 13,5% em contraste ao mesmo período do ano anterior, com a concessão de R$ 140,6 bilhões em crédito total.

RECORDE DE CONTRATAÇÕES NO CRÉDITO IMOBILIÁRIO

No acumulado de 2023, as contratações no crédito imobiliário foram recordes, alcançando R$ 185,4 bilhões, 13,0% superior ao ano de 2022. No 4T23, as contratações totalizaram R$ 48,5 bilhões, sendo 21,2% maior que o 4T22.

A CAIXA é o banco que apoia o brasileiro no sonho da conquista da casa própria, mantendo-se líder de mercado no segmento imobiliário, apresentando 67,3% de market share em financiamentos imobiliários totais e protagonista no Programa Minha Vida (MCMV), com 98,9% de share. No que tange ao ritmo de contratações do crédito imobiliário em 2023, a CAIXA respondeu por 69,6% de todo o crédito concedido no mercado, aumento de 5,3 p.p. em 12 meses.

O saldo da carteira imobiliária finalizou Dez/23 com o valor de R$ 733,3 bilhões, crescimento de 14,6% em 12 meses. Desse saldo, 57,6% foram concedidos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e 42,4% foram concedidos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Ambas as fontes de recursos registraram aumento de saldo em comparação a Dez/22: respectivamente, 14,4% e 14,8%.

No ano de 2023, as contratações de crédito imobiliário FGTS totalizaram R$ 110,2 bilhões, crescimento de 56,2% em comparação a 2022. Quando se analisa somente o 4T23, houve crescimento de 52,0% em comparação ao 4T22, com R$ 33,2 bilhões contratados.

A CAIXA apresentou originação de crédito recorde no imobiliário, com 694,3 mil imóveis financiados, beneficiando mais de 2,7 milhões de pessoas com acesso à moradia própria, gerando mais de 1,3 milhão de empregos, impulsionando o crescimento das cidades e a economia nacional. Destaque ainda para o forte ritmo de contratação das operações de Infraestrutura.

DESTAQUES CRÉDITO SEGMENTO PESSOA FISICA

O segmento de crédito comercial PF encerrou o Dez/23 com R$ 134,6 bilhões de saldo em carteira. O destaque permanece sendo o crédito consignado, com R$ 103,2 bilhões de saldo em Dez/23 e 16,6% de market share para a CAIXA no mercado brasileiro.

DESTAQUES CRÉDITO SEGMENTO PESSOA JURIDICA

Com relação ao crédito comercial PJ, o saldo da carteira encerrou Dez/23 com R$ 97,3 bilhões, crescimento de 3,8% em relação a Dez/22. As contratações do 4T23 somaram R$ 18,5 bilhões, aumento de 47,1% em comparação ao mesmo período no ano anterior.

No acumulado de 2023, houve R$ 66,8 bilhões em contratações, crescimento de 14,3% em relação ao ano de 2022. O foco principal da CAIXA continua direcionado à atuação junto a micro e pequenas empresas, que, em Dez/23, representavam 63,0% do saldo total da carteira.

CRÉDITO PARA INFRAESTRUTURA E SANEAMENTO

As operações de infraestrutura e saneamento alcançaram saldo de R$ 98,4 bilhões em Dez/23, crescimento de 1,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram contratados R$ 15,4 bilhões em 2023, o que constitui crescimento de 91,0% em relação a 2022. No 4T23 houve crescimento de 349,4% em relação às contratações efetivadas no 4T22, totalizando R$ 1,6 bilhão.

Pela grande relevância e protagonismo que possuem, e por estarem intrinsecamente ligadas ao desenvolvimento econômico nacional, essas operações estão inseridas no escopo de atuação estratégica do banco.

CARTEIRA AGRONEGÓCIO ALCANÇA R$ 56,2 BILHÕES DE SALDO

No agronegócio, o saldo da carteira atingiu R$ 56,2 bilhões ao final de Dez/23, aumento de 27,3% em comparação ao mesmo período de 2022. No segmento Pessoa Física (PF), o crescimento em 12 meses foi de 41,0%.

MELHORA CRESCENTE NA QUALIDADE DA CARTEIRA DE CRÉDITO CAIXA

A inadimplência da carteira de crédito total fechou o Dez/23 em 2,16%, número que representa redução de 0,52 p.p. em relação a Set/23 e aumento de 0,06 p.p. em comparação a Dez/22. A cobertura da provisão finalizou o ano em 206,3%, capaz de cobrir 2,1 vezes a inadimplência superior a 90 dias. O rating da carteira total possui 93,4% das operações classificadas em níveis de riscos entre AA e C, superando em 0,9 p.p. o rating apresentado no encerramento do ano anterior, demonstrando crescente qualidade e solidez.

A carteira de crédito total da CAIXA possui 92% de seu saldo com garantias, o que representa crescimento de 1,1 p.p. em 12 meses. Há grande concentração em operações de longo prazo, principalmente por conta da carteira imobiliária, que corresponde a 65,5% da carteira total.

Assim, o banco apresenta R$ 1,7 trilhão em garantias avaliadas na data de concessão do crédito, ou seja, sem considerar eventual valorização das garantias, frente ao saldo da carteira de R$ 1,1 trilhão, representando uma relação de 155,0% do valor da garantia sobre o saldo devedor.

GERENCIAMENTO DE RISCO E DO CAPITAL

Em Dez/23, os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) totalizaram R$ 757,9 bilhões e o Patrimônio de Referência (PR) fechou em R$ 126,4 bilhões. Dessa forma, os índices de Capital Principal, Nível I e Basileia marcaram 13,9%, 14,1% e 16,7%, mantendo-se acima do mínimo regulatório.

ATIVOS E PASSIVOS

Os ativos da CAIXA totalizaram R$ 1,8 trilhão em Dez/23, aumento de 15,2% nos últimos 12 meses. Os ativos de terceiros atingiram R$ 1,4 trilhão, com os maiores avanços registrados para 7,0% para FGTS e 6,7% em fundos de investimento. O aumento em ativos totais foi de 11,5% em 12 meses, atingindo o valor de R$ 3,2 trilhões. As captações encerraram Dez/23 com um saldo de R$ 1,485 trilhão, que corresponde a 132,6% da
carteira de crédito, assim como crescimento de 21,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Destacam-se neste quesito os depósitos em poupança, com saldo total de R$ 358,3 bilhões e 36,5% de participação no mercado, e as letras, com saldo de R$ 165,4 bilhões e crescimento de 97,2% em 12 meses. O patrimônio líquido atingiu R$ 128,5 bilhões no 4T23, aumento de 4,8% em 12 meses.