São Paulo, SP – O Bradesco divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões, alta de 13,1% em relação ao mesmo período do ano passado (3T23). Nos primeiros nove meses do ano, o lucro líquido recorrente foi de
R$ 14,1 bilhões, alta de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 12,4%, alta de 1,1 ponto porcentual em comparação ao 3T23. Os ativos fecharam em R$ 2,077 trilhões, avanço de 7,6% na comparação anual. O patrimônio líquido foi a R$ 162,9 bilhões, alta de 1,3% em relação ao 3T23. A margem financeira subiu 0,9%, chegando a R$ 15,9 bilhões. Nos primeiros nove meses do ano, a margem financeira foi de R$ 46,7 bilhões, queda de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
A margem com clientes aumentou 2,5% t/t e a margem com clientes líquida de PDD registrou expressivo aumento no período para R$ 8,5 bilhões, o que significou 7% t/t e 28% a/a. Reforçamos que as concessões de crédito sempre consideram o retorno ajustado ao risco e, por isso, a orientação de desempenho é prioritariamente pela margem líquida com clientes.
O resultado operacional chegou a R$ 6,8 bilhões no trimestre, apresentando crescimento de 15% t/t e 29% a/a. Novamente, os principais fatores que contribuíram para a melhoria operacional foram o aumento das receitas, a queda do risco de crédito e a robusta rentabilidade de Seguros.
A carteira de crédito foi de R$ 943,8 bilhões, alta de 7,6% na comparação anual. Já a inadimplência de atrasos acima de 90 dias, recuou 1,4 p.p, fechando em 4,2%. Houve queda em todos os segmentos, com o índice de cobertura ficando estável no trimestre.
A melhora no perfil da carteira, principalmente do massificado, contribuiu de forma significativa com a redução de R$ 2,1 bilhões nas despesas com PDD expandida total, que apresentou uma queda de 22,4% em relação ao 3T23. Isso evidência a melhora na qualidade das novas safras e as ações implementadas na jornada de concessão e recuperação de crédito, gerando maior eficiência na cobrança, e resultando em maiores receitas de recuperação de crédito.
“É importante destacar que mesmo com a redução da PDD nos períodos, nossos índices de cobertura acima de 90 permaneceram praticamente estáveis no trimestre e apresentaram aumento em relação ao ano anterior”, explicou o Bradesco.
As receitas com serviços tiveram alta de 8,7% em um ano, para R$ 9,904 bilhões. A receita voltou a crescer no 3T24, puxada pela margem com clientes, receita de serviços e seguros. A combinação de receita em alta, risco de crédito controlado e ajuste da estrutura física revelam ganho importante de produtividade na organização.
O efeito da maior participação na Cielo no trimestre afetou algumas das linhas, como as receitas de prestação de serviços e despesas operacionais. Receitas com serviços chegaram a R$ 9,9 bilhões no 3T24. Sem o aumento da nossa participação em Cielo, as receitas teriam ficado em R$ 9,6 bilhões e aumentado 2,8% t/t e 5,1% a/a. Várias linhas explicariam esse bom desempenho, com destaque para operações de crédito, administração de fundos e consórcios.
As despesas operacionais também foram influenciadas pelo aumento da nossa participação na Cielo, crescendo 4,0% t/t e 12,1% a/a no 3T24. Sem o aumento as despesas teriam crescido 2,0% t/t e 9,9% a/a. O desempenho das operações de seguros permanece sólido e em patamar elevado, com ROAE de 23,7% no trimestre. O resultado das operações de seguros foi de R$ 5,0 bilhões (8,7% t/t e 9,2% a/a) e o lucro líquido atingiu R$ 2,4 bilhões (8,1% t/t e 0,9% a/a), impulsionados pelo aumento do faturamento em todos os segmentos e redução da sinistralidade. As perspectivas para a seguradora seguem positivas.
SEGUROS
No 3T24, o Grupo Bradesco Seguros registrou lucro líquido de R$ 2,4 bilhões, crescimento de 8,1% em comparação ao 2T24, atingindo R$ 6,5 bilhões no acumulado do ano (+0,4% vs. 9M23). O ROAE evoluiu de 22,1% para 23,7% no trimestre. As receitas de prêmios, contribuições de previdência e receitas de capitalização alcançaram R$ 31,5 bilhões, representando um aumento de 4,2% sobre o trimestre anterior e totalizando R$ 89,6 bilhões no acumulado do ano, com crescimento de 14,0% (vs.9M23).
“A boa performance das receitas e a melhora nos índices de sinistralidade e comercialização contribuíram para a evolução do resultado das operações de seguros, que, no acumulado dos 9M24, apresentou crescimento de 4,2% (vs. 9M23). Vale destacar a alta de 13% no resultado operacional, superando em R$ 915 milhões o registrado no mesmo período de 2023. Neste sentido, destaca-se a redução de 2,4 p.p. na sinistralidade, em relação ao 2T24, atingindo 76,2% no 3T24. Em relação às indenizações e benefícios no ano, o Grupo Bradesco Seguros retornou um total de R$ 41,8 bilhões à sociedade (9M24)”, destacou o balanço do banco.
