Lucro líquido recorrente do Bradesco recua 1,6% no 1° trimestre

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São Paulo, SP – O Bradesco divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24), com lucro líquido recorrente de R$ 4,2 bilhões, queda de 1,6% em comparação ao mesmo período de 2023. Em relação ao quarto trimestre de 2023 (4T23), o lucro líquido recorrente avançou 46,3%. Já o retorno anualizado sobre patrimônio (ROAE) cresceu 0,4 ponto percentual, para 10,2%, na comparação anual. Em relação ao último trimestre de 2023, o ROAE cresceu 3,3%.

Segundo a companhia, o resultado foi impulsionado por menores despesas com PDD, controle de despesas operacionais e resultado das operações de seguros, mas ainda pressionado pela margem financeira com clientes. O índice de eficiência operacional melhorou 2,3 pontos percentuais comparado ao último trimestre de 2023, e cresceu 4 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2023.

“Acreditamos que a carteira de crédito atingiu um ponto de inflexão neste trimestre. Depois de contrair em 2023, iniciou trajetória de aumento que deve perdurar. Em Pessoas Físicas de baixa e média renda, originamos mais crédito no 1T24 do que fazíamos no pré-pandemia, reforçando a nossa estratégia de elevar market share no segmento e a nossa conexão com esse público. Em Micro e Pequenas Empresas aceleramos, mas ainda temos um caminho a percorrer até normalizar a originação nesse segmento”, explicou o Bradesco.

Os atrasos superiores a 90 dias da carteira registraram queda de 0,3 ponto percentual na comparação com o último trimestre de 2023, com destaque para a redução de 0,4 p.p. dos indicadores de Pessoas Físicas e de Micro, Pequenas e Médias Empresas. Em comparação ao primeiro trimestre de 2023, a inadimplência de 90 dias recuou 0,3 p.p.

A melhora do indicador acima de 90 dias em todos os segmentos pelo terceiro trimestre consecutivo, com destaque para a redução nos segmentos de Pessoas Físicas e Micro, Pequenas e Médias Empresas, em consonância com a qualidade das novas safras que tendem a apresentar um menor nível de atraso. A inadimplência de 15 a 90 dias apresentou redução no comparativo anual e estabilidade no trimestre. Em Pessoas Físicas, o aumento do indicador está impactado, principalmente, pela sazonalidade do período.

A margem financeira foi de R$ 15 bilhões, queda de 9% na comparação com o mesmo período do ano passado, refletindo principalmente a redução da margem com clientes, que segue pressionada pelo mix de crédito com spread menor, e pelo menor volume de
operações com Micro e Pequenas Empresas. Em relação ao último trimestre de 2023, a margem financeira recuou 6,1%.

As receitas de prestação de serviços atingiram R$ 8,9 bilhões, alta de 1,3% em relação ao mesmo período de 2023. Destaque positivo para o desempenho de consórcios e operações de crédito. A queda de 1,8% em comparação ao 4T23 está relacionada aos efeitos sazonais, como por exemplo, rendas de cartões.

A carteira de crédito expandida foi de R$ 899 bilhões, alta de 1,2% na comparação anual. Em relação ao último trimestre de 2023, a carteira cresceu 1,4%. A companhia destacou o aumento da carteira em todos os segmentos, com destaque aos produtos Crédito Pessoal
e Financiamento ao Comércio Exterior que cresceram 2 dígitos. No ano, o crescimento está
concentrado nas operações com Pessoas Físicas e Grandes Empresas. “O segmento de
MPME segue melhorando a qualidade de sua carteira de forma gradual, inclusive com crescimento na margem líquida. Também vale ressaltar o maior posicionamento no ano para produtos com garantias, que continuam ganhando participação no mix”, explicou o Bradesco.

As despesas com provisões (PDD) recuaram 17,9%, chegando a R$ 7,8 bilhões. Em comparação ao último trimestre de 2023, recuaram 25,8%. No relatório sobre os números do primeiro trimestre, o banco afirmou que a redução da PDD expandida nos períodos reflete a melhor qualidade das novas safras nas operações do massificado (PF e PJ), em linha com as ações de créditos implementadas, maior eficiência de cobrança, menores despesas com descontos concedidos e redução de provisões no segmento de atacado. No massificado de pessoas jurídicas houve melhora na qualidade das novas safras.

SEGUROS

O Grupo Bradesco Seguros registrou expansão de 11,8% em receitas de prêmios, contribuições de previdência e receitas de capitalização no 1T24, em comparação com o mesmo período de 2023, totalizando R$ 28 bilhões. O lucro líquido alcançou R$ 2,0 bilhões (+10,2% vs. 1T23), com evolução do ROAE de 18,2% para
19,8%.

A evolução das receitas de prêmios, contribuições de previdência e receitas de capitalização e a melhora dos índices de sinistralidade e de comercialização contribuíram para o avanço do resultado das operações, que alcançou R$ 4,0 bilhões no trimestre (+8,9% vs. 1T23).

As provisões técnicas do Grupo cresceram 11,9%, alcançando R$ 372,7 bilhões, com destaque para os ramos de Previdência, Vida e Saúde. Os ativos financeiros evoluíram 11,3%, para R$ 392,6 bilhões. Em indenizações e benefícios foram pagos R$ 13,1 bilhões no 1T24 (+6,2% vs. 1T23).

No primeiro trimestre de 2024, o resultado das operações de Seguros, Previdência e Capitalização, no comparativo com o mesmo período de 2023, apresentou crescimento de 8,9%, fruto da evolução de 11,8% nas receitas de prêmios, contribuições de previdência e receitas de capitalização e melhora dos índices de sinistralidade e comercialização

Receitas de prêmios, contribuições de previdência e receitas de capitalização com crescimento de 11,8% e a melhora dos índices de sinistralidade e comercialização contribuíram para a evolução do resultado das operações no comparativo anual.