São Paulo, SP – O Santander Brasil divulgou hoje o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido recorrente de R$ 2,309 bilhões, queda de 45% em comparação ao mesmo período do ano passado, e alta de 7,9% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
O retorno gerencial sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) foi de 11,2%, queda de 9,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. A margem financeira bruta foi de R$ 13,579 bilhões, alta em relação aos R$ 12,775 bilhões alcançados no mesmo período do ano passado.
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias totalizaram R$ 4,810 bilhões, avanço de 2,4% em três meses, beneficiadas por maiores receitas de corretagem e colocação de títulos, seguros e cartões. No acumulado do ano, as comissões ficaram estáveis em comparação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para operações de crédito, serviços de conta corrente e de consórcios.
As receitas com cartões atingiram R$ 1,371 bilhão, aumento de 1,5% no trimestre, devido ao aumento do volume transacionado em cartões. No acumulado do ano, queda de 0,3%, por maior seletividade de concessão do produto. As comissões com seguros totalizaram R$ 795 milhões, aumento de 5,1% no trimestre com destaque para a modalidade Open, com crescimento das renovações dos produtos vida no período. No acumulado do ano, queda de 1,4%.
As despesas gerais atingiram R$ 5,973 bilhões, aumento de 1,0% em três meses, devido a maiores despesas administrativas, que acompanham o crescimento do negócio. No semestre, alta de 8,4% em relação ao ano anterior por maiores despesas administrativas e de pessoal.
O índice de eficiência recorrente ficou em 42,9%, alta de 2,1 p.p. no trimestre. No acumulado, o índice alcançou 41,8%, alta de 6,9 p.p. em doze meses. A deterioração em doze meses se deve à menor geração de receitas por conta da seletividade do crédito e aos maiores investimentos em tecnologia e em negócios estratégicos.
O resultado bruto recorrente de créditos de liquidação duvidosa totalizou R$ 5,980 bilhões, queda de 11,6% no trimestre, evidenciando a qualidade das novas safras. No acumulado do ano, o resultado aumentou 23,1%, principalmente por conta do segmento pessoa física, dado o crescimento da carteira e mix.
Os ativos totais somaram R$ 1,097 trilhão em junho de 2023, alta de 4,5% em três meses, principalmente em função do crescimento da carteira de câmbio e TVM. Em relação ao mesmo período do ano anterior, aumento de 11,2%, refletindo o crescimento da carteira de crédito, câmbio e TVM. O patrimônio líquido atingiu R$ 84.037 milhões no período (aumento de 1,6% em três meses e 4,6% em doze meses), ou R$ 82.959 milhões desconsiderando o saldo do ágio, com alta de 1,9% no trimestre e 5,1% no ano.
A carteira de crédito totalizou R$ 499,2 bilhões em junho de 2023, queda de 0,2% na comparação trimestral (ou aumento de 0,3% desconsiderando o efeito da variação cambial), impactada principalmente pela queda de 1,4% em Grandes Empresas (ou aumento de 0,2% desconsiderando o efeito da variação cambial), devido a menor demanda e reabertura do mercado de capitais.
O índice de inadimplência de 15 a 90 dias alcançou 4,2% em junho de 2023 (-0,4 p.p. no trimestre e -0,03 p.p. no ano), reforçando a maior qualidade das novas safras. A venda de carteira ativa foi de R$ 1,9 bilhão, excluindo o efeito o índice seria de 4,4% em junho de 2023.
O índice atingiu 5,2% em PMEs (-0,2 p.p. no trimestre e +0,1 p.p. no ano) e em Grandes Empresas o índice ficou em 0,2% (estável no trimestre e cai 0,1 p.p. no ano). As novas safras, originadas a partir de jan/22, apresentam melhor qualidade, atingindo índice de 3,8%, sendo 1,0 p.p. menor que o indicador das safras antigas.
O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,3% em junho de 2023 (+0,2 p.p. no trimestre e +0,4 p.p. no ano), com leve deterioração, dentro do esperado, pressionado pelas safras antigas. Apesar da leve piora, os níveis de NPL tem performado melhor do que o SFN, tanto no segmento PF quanto PJ. Excluindo a venda de carteira ativa do trimestre, o índice permaneceria em 3,3% em junho de 2023.
O índice atingiu 4,1% em PMEs, estável no trimestre e +0,8 p.p. no ano. Em Grandes Empresas, o índice alcançou 0,1%, se mantendo em um dos menores patamares históricos. As novas safras, originadas a partir de jan/22, apresentam melhor qualidade, atingindo índice de 3,1%, sendo 0,6 p.p. menor que o indicador das safras antigas.
O saldo das provisões para crédito de liquidação duvidosa totalizou R$ 35,470 bilhões em junho de 2023, queda de 7,8% em três meses, em função da reversão de R$ 1,450 bilhão da provisão adicional ocorrida neste trimestre. No ano, alta de 16,9%, influenciada pelo reforço de balanço ocorrido no primeiro trimestre de 2023. A parcela de provisão requerida apresentou queda de 4,8% em três meses e aumento de 20,9% em doze meses. O índice de cobertura atingiu 214% em junho de 2023, queda de 30 p.p. no trimestre e de 10 p.p. no ano, impactado por safras mais antigas e carteira renegociada demandando maior provisão.