São Paulo, SP – A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) divulgou na noite de ontem (6) o balanço do quarto trimestre de 2023, com lucro líquido regulatório de R$ 301,1 milhões, queda de 22,2% na comparação anual. Em 2023, lucro líquido regulatório foi de R$ 1,1 bilhão, alta de 4,3% em relação a 2022.
A receita líquida totalizou R$ 592 milhões, registrando um crescimento anual de 6,1%, explicado principalmente pelo início da operação de Saíra (1a fase), entrada em operação de novas fases de SantAna (95% da RAP total habilitada), pelo reajuste inflacionário em IPCA do ciclo da RAP 2023-2024, e por uma menor Parcela Variável. Estes efeitos foram compensados em parte pelo reajuste negativo do IGP-M das concessões de categoria 2 e pela queda de 50% da RAP da ATE III, a última concessão de categoria 2 sujeita a esta redução. Em 2023, a receita líquida foi de R$ 2,4 bilhões, alta de 9% na comparação com 2022.
O EBITDA regulatório foi de R$ 484 milhões, alta de 4,2% na comparação com o último trimestre de 2022. Em 2023, o Ebitda foi de R$ 2 bilhões, alta de 8,5% em relação a 2022. A margem EBITDA ficou em 81,8% no trimestre, queda de 1,5 ponto percentual na comparação anual), afetada principalmente pelo reajuste negativo do IGP-M para o ciclo da RAP 2023-2024 nos contratos de categoria 2 e pela redução de 50% da RAP da concessão ATE III. Em 2023 a margem Ebtida foi de 84,1%, queda de 0,4 ponto percentual.
Em 31 de dezembro de 2023, a dívida bruta da companhia totalizou R$ 9,8 bilhões, um aumento de 3,1% contra o trimestre imediatamente anterior. O caixa da companhia ficou em R$ 1,3 bilhão (redução de 1,3% versus 3T23), resultando em uma dívida líquida de R$ 8,5 bilhões (aumento de 3,8% no trimestre). A relação da dívida líquida / EBITDA, consolidando proporcionalmente as empresas controladas em conjunto e coligadas, se manteve em 3,7x (em linha com o 3T23 e com o 4T22). No aspecto operacional, o índice de disponibilidade foi de 99,9% e a Parcela Variável (PV) contábil ficou em R$ 3,6 bilhões (0,13% da RAP consolidada), em 2023.
Considerando a dívida líquida proporcional das empresas controladas em conjunto e coligadas, a relação dívida líquida sobre EBITDA ficou em 3,7x no 4T23, em linha ao valor registrado no 3T23 (3,7x). Desconsiderando o resultado das empresas controladas em conjunto e coligadas, esse indicador seria de 4,2x no 4T23, também em linha ao valor registrado no 3T23 (4,2x).
Considerando as concessões controladas, investidas em conjunto e coligadas, a RAP total (operacional e em construção) da Taesa para o ciclo 2023-2024 é de R$ 4,1 bilhões, sendo 44,5% no nível da holding. A RAP operacional da Taesa para o ciclo 2023-2024 ficou em R$ 3,7 bilhões, contra R$ 3,5 bilhões para o ciclo 2022-2023, considerando as entradas de novas fases de SantAna, as entradas parciais de Ivaí e a conclusão de Paraguaçu.
A companhia tem atualmente quatro empreendimentos em construção com um investimento total ANEEL de R$ 4,3 bilhões e uma RAP de R$ 467 milhões (ciclo RAP 2023-2024) uma parte dessa RAP já em operação (Saíra) e reforços relevantes nas concessões Novatrans, TSN, São Pedro e ATE com um investimento total ANEEL de R$ 455 milhões e uma RAP de R$ 72,3 milhões.
DIVIDENDOS
O Conselho de Administração da companhia aprovou a proposta de destinação do lucro do exercício de 2023, que será submetida para aprovação da Assembleia de Acionistas, da seguinte forma: R$ 1,4 bilhão para reserva de incentivos fiscais; R$ 232,9 milhões para reserva de lucros a realizar, referente à adoção do CPC 47;) R$ 746 milhões em proventos pagos ao longo de 2023 e início de 2024, sendo R$ 329,3 milhões em dividendos intercalares e R$ 416,7 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP); e R$ 390,3 milhões(R$ 1,13 / Unit) em dividendos adicionais a serem pagos no dia 16 de maio de 2024. A Taesa convocará a Assembleia de Acionistas para aprovar os resultados do exercício social de 2023 e a sua proposta de destinação. Caso seja aprovada em Assembleia, o total de dividendos e JCP distribuídos referente ao exercício social de 2023 será de R$ 1,1 bilhão (R$ 3,30 / Unit), representando um payout de 83% do lucro líquido IFRS (ou 100% do lucro líquido IFRS excluindo os efeitos do CPC 47) e de 104% do lucro líquido regulatório.