Lucro recorrente do Itaú sobe 11,9% no 3º trimestre e vai a R$ 9 bilhões

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Foto: Divulgação/Itaú Unibanco.

São Paulo, 6 de novembro de 2023 – O lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco, que desconsidera itens com impacto pontual sobre o resultado, aumentou 11,9% no terceiro trimestre, para R$ 9,04 bilhões. O lucro líquido contabil totalizou R$ 7,54 bilhões no 3T23, caindo 4,3% em relação a um ano antes.

A carteira de crédito do Itaú Unibanco considerando apenas o Brasil aumentou 6,0%, para R$ 954 milhões. Levando em consideração os outros países em que o banco atua – principalmente na América Latina -, houve alta de 4,7%, para R$ 1,1632 bilhão. No período o destaque foi a carteira de crédito pessoal que cresceu 4,2%, com alta em crediário (concentrada nos segmentos Personnalité e Uniclass) e em crédito sob medida. Também merece destaque o crescimento de 1,3% na carteira de crédito imobiliário, com a originação mantendo-se concentrada nos segmentos Uniclass e Personnalité.

“O maior volume médio de crédito impactou de forma positiva nossa margem com clientes, assim como a maior quantidade de dias corridos, os maiores ganhos com operações estruturadas no atacado e a maior margem de passivos. Em função desses movimentos, a margem com clientes cresceu 2,5% e fechou o trimestre em R$ 25,6 bilhões”, explicou o banco, em seu relatório.

O retorno sobre o patrimônio líquido (RoE, na sigla em inglês) médio do Itaú Unibanco considerando apenas as operações brasileiras cresceu 0,4 pontos porcentuais (pp) no terceiro trimestre, para 22%, enquanto o RoE incluindo todas as operações aumentou 17,9 pp, para 21,1%.

O índice de inadimplência (90 dias) no Brasil cresceu 0,3 pp no intervalo, para 3,5% e em todas as operações além do Brasil chegou a 3%, alta de 0,2 pp na base de comparação anual.

A despesa do Itaú Unibanco com provisões para devedores duvidosos (PDD) aumentou 11,3% no terceiro trimestre, para R$ 9,21 bilhões, e o saldo de PDD acumulado até o fim do período foi de R$ 57,19 bilhões, subindo 7,0% em relação a um ano antes.

Nesse trimestre, o Itaú encerrou 39 agências físicas e PABs no Brasil. Segundo a administração, assim como mencionado no trimestre anterior, está relacionado com a otimização da rede de agências e em função do comportamento e das necessidades dos clientes, seguindo a estratégia phygital, com a disponibilização adequada de canais físicos e digitais. Com essa dinâmica do resultado do trimestre, o índice de eficiência consolidado ficou em 40,0% e em 37,9% no Brasil.

No acumulado de nove meses, em comparação com o mesmo período de 2022, o resultado recorrente gerencial cresceu 13,4% e o retorno recorrente gerencial sobre o patrimônio líquido foi 0,2 p.p. maior atingindo 20,9%. O efeito positivo do crescimento da carteira, da maior margem com passivos, além do impacto positivo da reprecificação do capital de giro próprio, mais do que superaram os menores spreads de crédito. Com isso, houve um crescimento de 13,9% na margem financeira com clientes. “No outro sentido, tivemos aumento no custo do crédito, relacionado à expansão da carteira de crédito de varejo, além de maiores descontos concedidos”, comentou.

As receitas com prestação de serviços e seguros aumentaram 4,4% na comparação anual. Esse aumento ocorreu em função do maior faturamento na atividade de cartões, tanto em emissão quanto em adquirência, além da evolução positiva do resultado com seguros. As despesas não decorrentes de juros cresceram 6,9%, enquanto o índice de eficiência recuou 1,4 p.p.

PROJEÇÕES

As projeções do Itaú para o ano de 2023 foram reafirmadas e normalizadas pela venda do Itaú Argentina. A carteira de crédito deverá crescer entre 6% e 9%, a margem financeira com clientes terá alta na faixa entre 13,5% e 16,5%, a margem financeira com o mercado fechará o ano entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões, o custo de crédito entre R$ 36,5 bilhões e R$ 40,5 bilhões. A receita de prestação de serviços e resultado de seguros crescerá entre 5% e 7%, as despesas não decorrentes de juros subirão entre 5% e 9% e a alíquota efetiva de IR/C deve ficar entre 27% e 29%, segundo o guidance apresentado nesta segunda-feira.