São Paulo, 11 de julho de 2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou os resultados positivos para o governo do esforço concentrado na Câmara na semana passada, principalmente a aprovação da reforma tributária em dois turnos e das mudanças no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). No seu programa semanal, Lula prevê a queda da taxa Selic e voltou a criticar o atual presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
Para o presidente, os avanços na pauta econômica foram reflexo de uma ampla negociação política entre governo e Congresso. “Temos que garantir que o Brasil não jogue mais uma oportunidade fora. As pessoas estão mais otimistas, vendo o dólar cair, a economia crescer e sinais de recuperação do emprego”, destacou o presidente.
Para Lula, com a inflação caindo, as taxas de juro logo voltarão a cair. “O presidente do BC é teimoso. É tinhoso, mas não tem mais explicação (para manter a Selic)”, cutucou o presidente, ressaltando que os juros precisam cair para a população ter acesso ao crédito e garantir o crescimento da economia.
O presidente lembrou que o governo vai lançar ainda em julho vários programas para alavancar a economia, como o novo PAC e o Minha Casa, Minha Vida. “Temos que estar de olho nas pessoas mais necessitadas, naquelas precisam do apoio do governo”, frisou, ao justificar os investimentos.
Lula lembrou que quando saiu do governo em 2010, o Brasil crescia a uma taxa de 7,5% ao ano e que o objetivo é voltar a estes níveis. O presidente reforçou o fato da semana ter sido importante para o país e disse esperar que o resultado seja o mesmo quando as questões forem analisadas no Senado. “Vamos terminar o ano com a questão da reforma tributária resolvida”.
O presidente também falou do potencial “excepcional” do país no que diz respeito à economia ambiental. “Temos que discutir transição energética junto com transição ecológica. Há uma perspectiva fantástica na questão climática”, frisou, acrescentando que o Brasil não ganha nada desmatando, ao contrário. Reiterou que há terra degradadas suficientes a serem recuperadas para aumentar os cultivos, sem desmatar. “Em conjunto com outros países que têm florestas, vamos atrás do dinheiro prometido pelos países desenvolvidos”, completou.
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