Brasília – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta quarta-feira, de uma série de encontros em Brasília para articular as primeiras medidas do futuro governo. Na primeira agenda do dia, Lula estava com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “O país precisa de diálogo e normalidade”, disse Lula em suas redes sociais.
Além do presidente eleito, estiveram na residência oficial da Câmara, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Aloizio Mercadante e os deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Alencar Santana (PT-BA), entre outros parlamentares.
Em seguida, Lula seguiu para a residência oficial do Senado Federal, onde almoçou com o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na pauta com os parlamentares estava a necessidade de ajustes na proposta do Orçamento Geral da União de 2023 para atender as promessas de campanha do petista.
A prioridade do futuro governo é destinar recursos para manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e ainda dar mais R$ 150 por crianças até 6 anos. Isso custaria cerca de R$ 75 bilhões ao ano. Também é necessário abrir espaço no orçamento para conceder aumento real ao salário mínimo e recompor programas sociais como o Farmácia Popular e a merenda escolar.
Neste momento, a tendência é que seja apresentada uma proposta de emenda constitucional flexibilizando o teto de gastos públicos (PEC da transição) para liberar os recursos para o Auxílio Brasil. O texto deve ser proposto ainda nesta semana retirando do teto de gastos o programa social.
MEIO AMBIENTE
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em reunião com Lula manifestaram preocupações com a necessidade de investimentos em educação e meio ambiente. Já Lula afirmou que atuará pela reconstrução da união do Brasil.
Lula foi recebido pela presidente do STF, ministra Rosa Weber, juntamente com os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e André Mendonça. A reunião durou cerca de 50 minutos.
Além de Lula, participaram do encontro Alckmin, Gleisi, Mercadante, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin e o procurador da Fazenda Nacional Jorge Messias.
Lula deve ficar em Brasília para visitar as instalações da transição governamental no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), mesmo local onde funcionou a Presidência da República, em 2010, enquanto o Palácio do Planalto passava por uma ampla reforma. O presidente eleito deve receber parlamentares aliados.
