Os franceses foram às urnas neste domingo para eleger o próximo presidente. O atual ocupante do cargo, Emmanuel Macron, continua na disputa contra a candidata de extrema-direita Marine Le Pen. Com praticamente todas as urnas apuradas, Macron tem 27,6% dos votos, contra 23,4% de Le Pen. O segundo turno está marcado para 24 de abril.
Os dois candidatos deixaram para trás Jean-Luc Mélénchon, Philippe Poutou, Anna Hidalgo, Valerie Pecresse e Yannick Jadot.
Na França o voto é facultativo e, nas eleições deste ano, 65% dos eleitores aptos a votar compareceram às urnas. Esse baixo comparecimento, segundo o instituto Pantheon Economics, é um desafio para Macron. Isso porque ele depende do apoio dos eleitores de esquerda e centro-direita que votaram nos candidatos derrotados no primeiro turno e, assim, evitar a vitória de Le Pen.
Por conta disso, o segundo turno promete ser acirrado entre os dois candidatos. Para o Eurasia Group, o histórico de Le Pen de apoio ao presidente russo Vladimir Putin devem entrar na conta do eleitor neste período. A França é uma das maiores apoiadoras da Ucrânia na tensão entre os dois países do leste europeu.
Para o banco ING, Macron e Le Pen devem disputar os votos de Mélénchon, da extrema esquerda, que ficou com 21% dos votos, em terceiro lugar. “A imagem de Le Pen é muito diferente da que ela tinha em 2017. Isso ocorre porque ela parece muito menos extrema e mais aceitável para uma grande parte da população francesa. Por outro lado, Macron tem que defender seu recorde como presidente, o que é muito mais difícil do que sua postura em 2017, quando encarnou uma certa renovação”, diz o ING.