São Paulo – O presidente da França, Emmanuel Macron, sancionou durante a madrugada de sábado (15) a reforma da Previdência no país após ser aprovada pelo Conselho Constitucional francês. A nova regra de aposentadoria, que começa a valer a partir de 1º de setembro, estabelece um aumento gradual da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030.
A reforma enfrentou intensos protestos desde janeiro, quando foi apresentada pelo governo francês. Os sindicatos planejam realizar novos protestos no Dia do Trabalho, 1º de maio. Além disso, representantes das associações de ferroviários convocaram os trabalhadores para uma nova mobilização na próxima quinta-feira (20), após terem rejeitado um convite de Macron para uma reunião na terça-feira (18).
Embora o Senado francês tenha aprovado a medida em 16 de março, o texto ainda precisava ser aprovado pela Assembleia Nacional, que é equivalente à Câmara dos Deputados do país. No entanto, Macron utilizou o artigo 49.3 da Constituição para passar a reforma sem a necessidade de uma votação prévia na Casa Baixa.
O partido de direita Rassemblement National, de Marine Le Pen, e o grupo de deputados independentes conhecido como Liot, com o apoio da coligação de esquerda Nupes, liderada por Jean-Luc Melénchon, chegaram a apresentar moções contra a reforma, mas ambas foram rejeitadas pelos deputados da Assembleia Nacional.
Macron fará um discurso televisionado à nação sobre o assunto nesta segunda-feira, a partir das 20h (15h no horário de Brasília). Os opositores da reforma, por sua vez, convocaram nas redes sociais manifestações em frente às prefeituras durante a transmissão.