Mansueto Almeida, do Tesouro, diz que deixará governo até agosto

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São Paulo – O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse que deixará o governo entre julho e agosto. Ele já havia manifestado intenção de deixar o cargo pelo menos desde o final do ano passado e o assunto chegou a ser mencionado publicamente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que à época chegou a agradecer Mansueto por ter decidido permanecer no governo.

Em entrevista ao Brazil Journal, Mansueto disse que está “um pouco cansado” porque está ocupando cargos no setor públicos desde maio de 2016.

Ele também disse que sua saída não altera o esforço de ajuste fiscal, e que não vê risco de seu sucessor ceder a demandas políticas que coloquem a redução da dívida pública em risco.

“Eu não vejo isso como um risco porque quem quer que seja o próximo secretário do Tesouro, ele vai seguir as diretrizes do Ministro Paulo Guedes que, no final, segue as diretrizes do chefe do Poder Executivo que é o presidente Jair Bolsonaro”, afirmou.

Na entrevista, ele reiterou a previsão de déficit primário de R$ 700 bilhões para este ano, com possibilidade de superar R$ 800 bilhões se houver renovação de alguns auxílios relacionados à pandemia da covid-19, e de que em termos nominais o buraco das contas públicas em 2020 pode passar de R$ 1 trilhão.

Mansueto também disse que continuará participando do debate fiscal mesmo depois de sair do governo.