São Paulo – O presidente em exercício e ministro da Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, disse que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a Selic em 13,75% ao ano é prejudicial para o crescimento da economia e para a divida pública. Ele negou que exista uma oposição do governo ao Banco Central ou ao Copom, mas “que a crítica é importante a qualquer instituição”.
“Quase metade da dívida pública brasileira é ‘selicada’ [indexada à Selic]”, afirmou, em entrevista a jornalistas na porta do ministério nesta quinta-feira. “Cada 1% da taxa Selic custa R$ 38 bilhões.”
“Não há nada pior para a questão fiscal do que uma Selic desnecessariamente alta.”
Na avaliação do governo, a Selic já deveria ter caído há meses. O governo entende que a economia brasileira comporta juros mais baixos e que, com a atual Selic, o país não cresce como poderia.
O Banco Central argumenta que o cenário para a inflação ainda é preocupante e, por isso, é necessário manter os juros no atual patamar.
“É claro que em determinados você tem que subir, o problema é manter por tanto tempo”, comentou Alckmin.
Missão em Portugal
Na próxima semana, Geraldo Alckmin viaja a Lisboa, Portugal, para cumprir agenda oficial naquele País, na próxima quarta-feira (28/6), informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Alckmin tem encontro com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, com o primeiro ministro português, António Costa, e se reúne com lideranças empresariais, para tratar de investimentos no Brasil.
O vice-presidente também participa de encerramento do XI Fórum Jurídico de Lisboa, realizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), ao lado do presidente de Portugal.