Marfrig reverte prejuízo e registra lucro líquido no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Marfrig divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 79,1 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 111,7 milhões registrado no mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o
lucro líquido foi de R$ 217 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 1,530 bilhão
registrado nos nove primeiros meses de 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) foi de R$ 3, 872 bilhões, alta de 60,4% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda foi de R$ 9,896 bilhões, alta de 70% em relação aos nove primeiros meses de 2023. O significativo avanço é explicado pela combinação entre a forte performance da BRF e da Operação Continuada da América do Sul, que compensaram o desempenho mais tímido da Operação América do Norte. A margem EBITDA Gerencial Consolidada foi de 10,3%, 3,1 p.p. superior à margem do 3T23. No trimestre, 76% do EBITDA consolidado gerencial foi resultado da BRF, 11% da Operação da América do Norte e 13% da Operação América do Sul.

Já a margem Ebitda foi de 10,3%, alta de 3,1 pontos percentuais em comparação ao 3T23. De janeiro a setembro, a margem Ebitda foi de 9,6%, alta de 3,3 pontos percentuais em comparação aos nove primeiros meses de 2023.

A receita líquida foi de R$ 37,709 bilhões, crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, a receita líquida foi de R$ 102,851 bilhões, alta de 11% em relação aos nove primeiros meses de 2023.

Em um trimestre de 13 semanas, uma semana a menos que no mesmo período de 2023 (14 semanas), o total de vendas no 3T24 da Operação América do Norte foi de 508 mil toneladas, volume 4,9% menor em comparação ao 3T23. No trimestre, 86% do volume foi vendido no mercado doméstico. A Receita Líquida da Operação América do Norte foi de US$ 3.244 milhões no 3T24, redução de 3,9% em comparação ao 3T23, explicado pelo menor volume de vendas, e parcialmente compensado pelo maior preço médio de venda (US$6,38/kg no 3T24 vs US$6,32/kg no 3T23).

No 3T24, o volume de vendas da Operação América do Sul Continuada Gerencial foi de 219 mil toneladas, 22,1% superior em comparação ao volume de vendas do mesmo trimestre de 2023. Este crescimento é explicado, principalmente, pela adição de capacidade de abate e desossa, ainda em processo de ramp-up e otimização nos complexos industriais da Companhia. As vendas no mercado doméstico representaram 60% do volume total no período.

O resultado financeiro consolidado líquido do 3T24, antes do efeito da variação cambial, foi uma despesa de R$ 1,172 bilhão, uma redução de 23,7% em comparação à despesa do 2T24, explicado, principalmente, pelos maiores ganhos com aplicações financeiras. A variação cambial foi negativa em R$ 280 milhões. Portanto, o resultado financeiro líquido consolidado do 3T24, totalizou R$ 1,451 bilhão em despesas financeiras.

A Dívida Líquida Consolidada gerencial de fechamento do 3T24 foi de US$ 7,140 bilhões ou R$ 38,903 bilhões, uma redução de 1,3% em comparação ao 2T24, explicado principalmente pela geração de caixa livre e variação cambial positiva entre os períodos, e parcialmente compensado pelo programa de recompra de ações. Tanto em reais quanto em dólares, o índice de alavancagem medido pela relação entre a Dívida Líquida Gerencial e o EBITDA (últimos 12 meses) apresentou queda, de 3,38x em reais no 2T24 para 3,00x no 3T24, e de 3,05x em dólar para 2,86x no 3T24. A melhora reflete a forte performance operacional e diversidade de nossos negócios.

DIVIDENDOS

O Conselho de Administração aprovou a declaração de dividendos intercalares no valor de R$ 2,500 bilhões, com base em lucros apurados no balanço de 30 de setembro de 2024, a serem imputados ao dividendo obrigatório do exercício de 2024. O valor por ação dos dividendos ora declarados corresponde a R$ 2,824256 por ação ordinária de emissão da companhia. O pagamento dos dividendos no Brasil será realizado em 26 de dezembro de 2024.

O conselho aprovou ainda o cancelamento de 20 milhões de ações ordinárias, sem valor nominal, de emissão da companhia, mantidas em tesouraria, sem redução do valor do capital social. Em função do cancelamento de ações em tesouraria, o capital social da companhia passou a ser dividido em 886 milhões de ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal.