Marfrig reverte prejuízo e tem lucro de R$ 62,6 mi no 1° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Marfrig divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 62,6 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 634 milhões registrado no mesmo
período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 2,6 bilhões, alta de 94,8% em comparação com o primeiro trimestre de 2023. A margem Ebitda avançou 4,1 pontos percentuais, chegando a 8,7%.

Segundo a companhia, o significativo avanço é explicado pela forte performance da BRF, que compensou a rentabilidade da Operação América do Norte. A margem Ebitda ajustada foi de 8,7%, 4,1 p.p. superior à margem do 1T23.No trimestre, 80% do Ebitda consolidado gerencial é resultado da BRF e 10% na Operação América do sul e restante na América
do Norte

A receita líquida foi de R$ 30,3 bilhões, alta de 3,8% em comparação ao 1T23. Todos os segmentos apresentaram evolução em suas vendas, com destaque para operação continuada da América do Sul, com um aumento de 11% na comparação ao mesmo período de 2023.

No 1T24, a Receita Líquida Gerencial em dólares e outras moedas representou 75% da receita total consolidada, decorrente da soma das receitas na América do Norte com as exportações da Operação da América do Sul e da consolidação do resultado da BRF.

No 1T24, os Estados Unidos representaram 40% das vendas totais, em linha com o mesmo período de 2023. A participação do Brasil foi de 25%, 2 pontos percentuais abaixo do 1T23. As receitas das exportações para o Oriente Médio atingiram 4% e ficaram 3 pontos percentuais abaixo das receitas provenientes das exportações para China e Hong Kong, que atingiram 7%. Devido à consolidação da BRF, a partir do 2T22, o perfil dos mercados consumidores foi alterado para uma composição mais diversificada.

No 1T24, o Custo de Produtos Vendidos da Marfrig, considerando somente as operações continuadas na América do Sul no resultado consolidado, foi de R$ 26,533 Bilhões, redução de 0,70% em relação ao ano anterior. O menor custo apresentado pela BRF foi parcialmente compensado pelos maiores gastos com matéria prima na operação América do Norte, conforme será detalhado a seguir na abertura dos segmentos.

O resultado financeiro consolidado líquido do 1T24, antes do efeito da variação cambial, foi uma despesa de R$ 1,174 bilhão, um aumento de 117% em comparação ao 4T23, explicado pela menor variação positiva da hiperinflação, principalmente na Argentina.

“O primeiro trimestre de 2024 se destacou pela confirmação de nossa decisão estratégica de diversificação de proteínas, geografia e maior exposição a produtos de valor agregado. Nossa plataforma, com uma maior participação da BRF e um novo desenho mais otimizado para a Operação América do Sul, compensaram o cenário mais desafiador em nossa operação na América do Norte. Adotamos um modelo de negócios dinâmico, com a troca de melhores práticas entre nossos segmentos e que, somados a um time de liderança muito experiente, foram responsáveis por entregar um sólido conjunto de resultados”, detalhou Marcos Antonio Molina dos Santos, presidente do Conselho de Administração da Marfrig.

DÍVIDA

A Dívida Líquida Consolidada de fechamento do 1T24 foi de US$ 7,247 Bilhões ou R$ 36,209 bilhões, um acréscimo de 4,9% em comparação ao 4T23, explicado principalmente pela variação negativa do fluxo de caixa, conforme descrito anteriormente. Tanto quando mensurado em reais ou em dólares, o índice desalavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e o Ebitda adjunto (últimos 12 meses) apresentou queda, de 3,71x em reais no 4T23 para 3,43x no 1T24; e mensurado em dólares, o índice foi de 3,87x para 3,39x, no 1T24. A melhora reflete a excelente performance operacional dos segmentos BRF e Operação América do Sul.