São Paulo – O BTG Pactual reiterou que a Marfrig provavelmente vai parar de comprar ações da BRF antes de atingir uma fatia de 33,3% na companhia, o que a obrigaria a lançar uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) para todos os acionistas da empresa.
Ontem, a BRF anunciou que a Marfrig continuou comprando ações da companhia e chegou a uma participação de 31,66% no capital social, As aquisições aconteceram por meio de opções e leilão realizados em bolsa, e pouco mais de duas semanas depois de vir à tona o movimento da Marfrig de buscar uma fatia na BRF.
O BTG acredita que a Marfrig evitará atingir um terço de participação na BRF. Em vez disso, considera ser mais provável a Marfrig esperar a próxima eleição do conselho de administração, no ano que vem, para tentar exercer um controle maior sobre a companhia sem precisar desembolsar mais R$ 18 bilhões para comprar o restante da BRF.
“Neste cenário, vemos potencial de queda [no preço] das ações da BRF, que no momento estão acima do nosso preço líquido justo e do valor que achamos que uma eventual fusão agregaria. No caso da Marfrig, vemos a fusão como neutra até termos maior confiança de que as sinergias seriam efetivas”, afirmou o BTG em nota aos clientes.