São Paulo – A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse em seu primeiro discurso no Parlamento italiano sua intenção de negociar com a Comissão Europeia “ajustes” no uso dos fundos de recuperação que a União Europeia tem previsto para a Itália em troca de reformas estruturais.
Ela declarou que os recursos disponíveis serão utilizados “da melhor maneira”, mas “concordando com a Comissão Europeia os ajustes necessários para otimizar os gastos”. A nova primeira-ministra acredita que os recursos devem ser “adaptados” e gerenciados “com uma abordagem pragmática, não ideológica”.
O plano de recuperação da Itália custa US$ 189 bilhões (191,5 bilhões de euros) ao todo, tornando o país o maior beneficiário do fundo anti-crise da União Europeia.
Até o momento, as autoridades italianas já receberam um adiantamento de quase 25 bilhões de euros e um pagamento de 21 bilhões de euros. Bruxelas desembolsou uma segunda parcela de 21 bilhões de euros em setembro.
Ainda nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados da Itália realizará uma votação sobre o novo governo, e logo após será a vez do Senado. A praxe é uma formalidade para a oficialização da nova primeira-ministra no cargo, a qual se espera que Meloni seja a escolhida com larga vantagem.