São Paulo – A maioria dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) acredita que seria apropriado reduzir o ritmo dos aumentos das taxas básicas de juros depois da reunião feita no início de novembro.
Na época, o grupo decidiu por um aumento de 0,75 ponto percentual nas taxas, levando-as para a faixa entre 3,75% e 4%. De acordo com a ata da reunião, eles estão inclinados a começar a fazer aumentos de 0,5 pp a partir de agora.
“Uma maioria substancial dos participantes julgou que uma desaceleração no ritmo de crescimento logo seria apropriada”, diz o documento.
Para alguns dos membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), estão aumentando os riscos de que as altas taxas de juros possam “exceder o necessário para trazer a inflação de volta à meta de 2%”. Outros alertaram que continuar a aumentar as taxas em incrementos de 0,75 pp “aumentou o risco de instabilidade ou deslocamentos no sistema financeiro”, segundo a ata.
A ata mostrou que uma pequena minoria acredita que seria melhor esperar para desacelerar o ritmo de aumento das taxas até que as taxas estivessem “mais claramente em território restritivo e houvesse sinais mais concretos de que as pressões inflacionárias estavam diminuindo significativamente”.
O documento também mostra que alguns membros sentem que os altos preços e os sinais de contínuos desequilíbrios de oferta e demanda no mercado de trabalho exigiriam uma taxa básica terminal “um pouco mais alta do que o esperado anteriormente”. Segundo alguns deles, a definição da taxa temrinal ideal é, no momento, mais importante que o ritmo de aumentos.
Os membros rebaixaram suas perspectivas para a economia devido ao aperto nas condições financeiras que ocorreu antes da reunião do Fed. Alguns acreditam que uma recessão no próximo ano é “quase tão provável” quanto sua projeção básica de crescimento fraco.
Apesar disso, alguns membros sugeriram que veem motivos para otimismo em relação à inflação, à medida que os gargalos na cadeia de suprimentos diminuem e os preços dos bens que dispararam no ano passado agora estão caindo.
Mas outros estão inquietos por causa das preocupações de que o crescimento dos salários continue em níveis que manteriam a alta de preços acima da meta de 2% do Fed – mesmo que o crescimento dos preços diminua um pouco no próximo ano.