Menor necessidade de capital de giro do setor de combustíveis pode impulsionar geração de caixa no 3T22

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Bomba de combustível. (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

São Paulo – A Ativa Investimentos espera bons volumes para as companhias do setor de combustíveis no 3T22, e acredita que a menor necessidade de capital de giro deve ser menor neste trimestre, o deve possibilitar melhor geração de caixa por parte das empresas do setor. A escolha da Ativa é a Vibra Energia (VBBR3).

“Neste 3T22, apesar dos desafios conjunturais e logísticos, destacamos que vemos uma melhor dinâmica para os volumes de diesel, suportado pelo agronegócio, e de QAV, dado a recuperação dos volumes oriundos do setor aéreo. No Ciclo Otto, temos uma visão mais otimista para o consumo de gasolina neste 3T22 em função da redução de preços e de impostos.

Top Pick da Ativa, os analistas olham para o futuro da Vibra com otimismo. Os resultados consistentes, o grau de eficiência operacional obtido desde a saída da Petrobras e o ganho gradual de market share marcam a trajetória da companhia desde o início de seu processo de turnaround e devem continuar a ser vistos neste trimestre, diz análise.

Os especialistas valorizam sua estrutura como principal diferencial no provimento da confiabilidade necessária no suprimento à sua rede de clientes, diante da volatilidade nos preços internacionais de derivados. “Além da escala, acreditamos que a sua maior capacidade de tancagem perante os pares também seja um diferencial para a companhia na conjuntura atual.”

Apoiados pela eficiência operacional, pelo incremento na demanda por volumes e avanços de market share. os analistas estimam uma margem ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 135/m3 para a companhia neste 3T22.

Já para Ultrapar (UGPA3), os profissionais reservam mais cautela. A estimativa é de uma margem ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 130/m3 neste trimestre para Ipiranga.

A companhia vem se se aproveitando da melhora nos volumes. “Acreditamos que Ipiranga tenha continuado a obter por volta de 85% a 90% de seu suprimento obtido via Petrobras e sendo diligente para a obtenção da fração restante”, dizem. “Ademais, vemos a companhia colhendo frutos da melhora no engajamento com a revenda e da tomada de iniciativas em pricing, sourcing e trading. Quanto a embandeiramento, acreditamos que a companhia possa ter aproveitado oportunidades neste 3T22 para novamente reportar adição líquida”, diz Ativa, que percebe ainda Ipiranga mantendo a postura de adicionar postos de maior galonagem, com média de 350 até 450 m3 e depurando postos com galonagem inferior a 50 m3 – o que, para a Ativa, adiciona eficiência ao seu negócio.