Por Danielle Fonseca, Flávya Pereira e Olívia Bulla
São Paulo – O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, que mostrou crescimento acima do esperado em novembro, influencia os mercados brasileiros hoje, ao reduzir preocupações com o ritmo da recuperação da economia.
Por volta das 13h30, o Ibovespa tinha leve alta, de 0,46%, para 116.961 pontos, enquanto o dólar comercial recuava 0,02%, para R$ 4,18 à vista.
O indicador subiu 0,18% em novembro ante outubro, sendo que o mercado previa alta de 0,10%, de acordo com o Termômetro CMA. No entanto, analistas destacam que a base de comparação do índice foi mais fraca. “O IBC-Br veio bom em alguma medida, no sentido que estávamos esperando coisa pior, mas a base de comparação foi fraca, já que o mês anterior foi revisado para baixo”, explicou o economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito.
O número era amplamente esperado pelo mercado já que dados de vendas no varejo, do setor de serviços e da produção industrial, divulgados nos últimos dias, vieram todos abaixo do esperado, levando o Ibovespa a cair 1,04% ontem.
No mercado de câmbio, apesar do viés de queda estar prevalecendo, a moeda ainda mostra alguma instabilidade, com investidores ainda analisando o IBC-Br e dados da economia norte-americana.
“O aumento das vendas e o menor nível de pedidos de seguro-desemprego [nos Estados Unidos] pode significar maior consumo e isso reflete em, no mínimo, que a taxa de juros será mantida por lá. Isso ajudou a reduzir o ímpeto de queda da moeda aqui”, disse o operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.
Já as taxas dos contratos futuros de juros (DIs) seguem com leves altas, com os investidores recompondo parte dos prêmios retirados recentemente, na esteira do resultado do índice. Ainda assim, as apostas de novo corte na Selic seguem fortes.