MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa opera em alta, em linha com as Bolsas norte-americanas, com investidores se apegando a percepção de que há um arrefecimento de novos casos de coronavírus em alguns países e aproveitando para comprar ações consideradas baratas, o que também deu sustentação aos mercados nos últimos dois pregões. No entanto, o índice ainda mostra um pouco de volatilidade nesta manhã e seguem incertezas em torno dos impactos da pandemia.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,97% aos 77.867,18 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 9,5 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 apresentava avanço de 1,73% aos 77.895 pontos.

“Em vez de olhar para o cenário não tão positivo do coronavírus, os participantes do mercado têm concentrado seu foco em ações negociadas com desconto”, disse o estrategista-chefe da Levante Investimentos, Rafael Bevilacqua.

Para o estrategista, o governo também tem tomado algumas medidas positivas, como a medida provisória (MP 946) que extingue o fundo PIS-Pasep e transfere os recursos remanescentes para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “A ideia é dar mais liquidez ao FGTS, que vem sendo usado nos últimos anos para injetar dinheiro na economia e estimular o consumo e quitação de dívidas das famílias”, afirmou.

Hoje, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, ainda disse que é melhor pecar por excesso do que falta de liquidez, e que mais medidas podem ser tomadas, se necessário.

No exterior, as Bolsas norte-americanas avançam apesar de incertezas sobre a pandemia, enquanto as Bolsas europeias operam em queda. O número de infecções causadas pelo novo coronavírus no mundo passou de 1,4 milhão, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, e agora somam 1.446.557. As mortes por covid-19 totalizam 83.149. Nos Estados Unidos, país com o maior número de infecções no mundo, os casos somam 399.929, e o número de mortes passa dos 12 mil, com 12.911 óbitos reportados.

Após oscilar na primeira parte dos negócios, o dólar comercial opera em queda de mais de 1% frente ao real, renovando mínimas sucessivas, após o Banco Central (BC) anunciar de surpresa o leilão de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – em meio à demanda por proteção (“hedge”).

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,08%, sendo negociado a R$ 5,1730 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de 2020 apresentava recuo de 1,03%, cotado a R$ 5,177.

“A demanda pela moeda no mercado futuro segue alta. E é bom quando a operação do BC é surpresa porque se tiver tendo especulação neste mercado, ele quebra esses movimentos”, comenta o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

A operação que ofertou até US$ 500,0 milhões aceitou US$ 296,5 milhões. O operador de mesa de uma corretora nacional reforça que, com a moeda abaixo de R$ 5,20, atraiu compras.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) não firmaram o viés positivo ensaiado logo após a abertura do pregão e seguem alternando leves altas e baixas, sem forças para definir uma direção para o dia. Ainda assim, os investidores monitoram a mudança de sinal do dólar, para o campo negativo.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 3,24%, de 3,21% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,06%, repetindo o ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,32%, de 5,36% após o ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,92%, de 6,96%, na mesma comparação.