São Paulo – O Ibovespa opera em alta, acompanhado por uma do dólar e por estabilidade das taxas de juros, com investidores recalibrando posições após a onda de aversão ao risco que varreu o mercado brasileiro nos últimos dias. O avanço das bolsas nos Estados Unidos também contribui para a melhora do sentimento por aqui.
“A Bolsa está se beneficiando de um ambiente externo mais ameno e alguns papéis que estão descolando e contribuindo para uma posição mais positiva para o Ibovespa”, disse André rolha, líder de renda fixa e produtos de câbio da Venice Investimentos.
Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, os investidores seguem com as atenções voltadas para a China, Estados Unidos e Brasil. “O mercado vem monitorando os problemas no mercado chinês e as consequências com a crise energética, dívida pública nos Estados Unidos, desaceleração econômica mundial, inflação elevada e o tapering (processo de retirada de estímulos); e por aqui a lentidão de pauta econômicas”, disse.
Villegas afirmou que “esses mesmos temas estão sendo precificados pelo mercado, mas como não temos novidades não suaviza o movimento dos ativos”.
O Ibovespa subia 1,18%, para 112,292 pontos, enquanto o dólar comercial caía 1,33%, para R$ 5,3760 no mercado à vista e recuava 1,27%, para R$ 5.399,00.
Para o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo, “hoje o dia ‘descanso’. Vemos uma melhora dos dados internos, com a indústria proporcionando boas notícias”.
Ele se refere ao índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) a respeito da atividade industrial do Brasil subiu para 54,4 pontos em setembro, de 53,6 pontos em agosto, de acordo com dados divulgados pelo IHS Markit. A leitura, acima de 50 pontos, sugere expansão da atividade. AS fábricas, no entanto, relataram demora na entrega de insumos e escassez de matéria-prima.
Entre os juros, as taxas operam perto da estabilidade, mas em leve queda, após o presidentedo Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reiterar que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará o que for preciso para trazer a inflação de volta à meta.
Mais cedo, o mercado chegou a reagir mal a uma declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, sugerindo que o auxílio emergencial seria prorrogado por mais alguns meses. Posteriormente, no entanto, o Ministério da Economia corrigiu a declaração do ministro, afirmando que ele estava se referindo ao Auxílio Brasil – o programa que entrará no lugar do Bolsa Família e que o governo quer colocar de pé até o final do ano.